Na manhã desta terça-feira, a Prefeitura Municipal de Canoas participou de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho para propor uma solução para a greve do transporte coletivo no município. Na reunião, o prefeito Jairo Jorge apresentou um plano para aquisição de passagens pela Prefeitura para serem utilizadas no programa de auxílio emergencial aos desempregados a ser lançado em março. Os recursos da prefeitura serão aplicados na quitação do 13º salário, do Vale Alimentação e das horas extras dos funcionários da Sogal.
Para o prefeito Jairo Jorge, essa reunião foi fundamental para equacionar a greve:
“Os trabalhadores decidiram voltar ao trabalho e, com isso, resolvemos um impasse que já dura vários dias. Este programa tem dois benefícios: primeiro, vai favorecer as pessoas que estão desempregadas. Pessoas que estão em dificuldade vão receber a passagem para participar do programa de Auxílio Emergencial. Elas vão participar de trabalho comunitário, de cursos de formação e aperfeiçoamento, e terão condições para buscar emprego. O segundo benefício será para os trabalhadores, porque vão receber o 13º salário, o vale-transporte lá de março do ano passado, que ainda não foi pago, e as horas extras também de 2020. Desta forma, nós equacionamos as dívidas e a Prefeitura e o povo de Canoas também ganham. É isso que nós queremos: valorizar os trabalhadores, mas também valorizar o povo de Canoas com uma solução para todos”, disse o prefeito.
Como irá funcionar
O plano prevê o repasse, até 12 de janeiro, de uma parcela de 789 mil referente ao 13º salário. No dia 12 de fevereiro, serão repassados 102 mil referentes ao Vale Alimentação. E até 12 de março será repassado o valor de 137 mil, referente às horas extras. O valor total a ser desembolsado pela prefeitura em recursos livres será de 1 milhão e 28 mil reais.
A proposta de criação do Auxílio Emergencial Municipal será apresentada pelo prefeito Jairo Jorge nesta quarta-feira, 6 de janeiro, em sessão extraordinária na câmara.
A desembargadora Carmen Izabel Centena Gonzalez elogiou o fato do prefeito de Canoas apresentar uma solução resolutiva para o problema: “Sem o prefeito Jairo Jorge, essa solução não viria”. Ela também destacou que os dias de paralisação não serão descontados dos trabalhadores. Também ficou decidido que o TRT irá exigir a comprovação da aplicação dos recursos públicos, assim como o encaminhamento dos dados das transferências aos trabalhadores pela empresa.
Além do prefeito Jairo Jorge e da presidente do TRT da 4a Região (Seção de Dissídios Coletivos), participaram da audiência o Secretário de Transporte José Francisco Nunes, o procurador regional do Trabalho Cristiano Bocorny Correa, representante do Ministério Público do Trabalho (MPT), o Procurador-Geral do município, Cesar Palma, representantes da empresa Sogal e também do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Canoas.
