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Ambulatório Pós-Covid de Canoas deve ser inaugurado em maio

Ambulatório funcionará no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG).
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Foto: Arquivo PMC

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) prevê para maio a inauguração do Ambulatório Pós-Covid de Canoas. O serviço, que funcionará no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), será dedicado ao atendimento de pacientes que tiveram Covid-19 e ficaram com sequelas da doença. 

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Maicon Lemos, o objetivo é dar a assistência médica e multiprofissional necessária para os pacientes acometidos pela Covid-19 de forma moderada a grave, principalmente aqueles que estiveram internados. O Ambulatório fará o acompanhamento das principais sequelas deixadas pela doença, de cunho neurológico, cardiológico e, também, pneumológico, já que um dos sistemas mais afetados é o respiratório. 

“Entendemos a necessidade de acompanhar esses pacientes pós-alta, pois há diversas situações de pacientes que venceram a Covid e que internam novamente, inclusive em estado grave, por outras situações decorrentes da doença”, afirma. Segundo o secretário, durante o mês de abril, ocorrem os trâmites relacionados à estrutura física e à contratação dos profissionais que atuarão no Ambulatório. 

O serviço, com atendimento multidisciplinar, será destinado a casos de pacientes adultos que passaram por internação, em UTIs Covid ou leitos clínicos, e permanecem com sintomas após a infecção pelo novo coronavírus. Também poderão ser atendidos pacientes encaminhados pelas unidades básicas de saúde que não chegaram a precisar de internação, mas que também apresentam complicações no pós-Covid. A equipe incluirá neurologistas, cardiologistas, pneumologistas e fisioterapeutas, entre outros profissionais. O acompanhamento deve durar até seis meses, período que pode se estender caso haja necessidade. 

Estudos apontam que em 80% dos casos os pacientes apresentam alguma sequela até quatro meses após a infecção

As sequelas observadas nos pacientes pós-Covid são muitas e envolvem vários órgãos, não só os pulmões. “Os sintomas mais comuns são a fadiga e a falta de ar, relacionadas a comprometimento muscular e da função pulmonar, mas vários outros sintomas são relatados pelos pacientes, como dores de cabeça, perda de olfato e paladar (temporária ou duradoura) queda de cabelos, tonturas, palpitações, tromboses, sintomas neurológicos como dificuldade de linguagem, raciocínio e memória, além de manifestações psiquiátricas como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático”, explica o pneumologista Eduardo Zettler, do Hospital Universitário de Canoas. 

As sequelas costumam ocorrer e perdurar por mais tempo nos casos mais graves, segundo o médico. Nos últimos meses, houve um significativo aumento do número de casos provocados pelas novas variantes do coronavírus, que têm causado uma doença mais agressiva. “Nesses últimos meses, verificou-se um número crescente no número de casos de Covid entre os pacientes jovens hígidos [saudáveis], mas o predomínio permanece entre os mais idosos e portadores de comorbidades, que também são a população que fica com mais sequelas pós-Covid”, afirma Zettler.

Segundo dados do boletim da Covid-19 de terça-feira (13), Canoas apresenta 38.717 casos confirmados da doença e 35.942 recuperados, desde o início da pandemia. São 104 pacientes internados em UTI e 109 em leitos de Enfermaria Covid.

Escritório de Comunicação - PMC