Dia Mundial de Combate à Tuberculose: todas as Unidades de Saúde de Canoas realizam diagnóstico contra a doença

No dia 24 de março, comemora-se o Dia Mundial de Combate à Tuberculose com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de prevenir e diagnosticar a doença o mais cedo possível. Em 2022, foram diagnosticados 216 casos de tuberculose em Canoas, e em 2023, já foram identificados mais 45 casos, totalizando 261 pacientes na cidade.

Infelizmente, os óbitos por tuberculose continuam ocorrendo na região, sendo que, apenas no ano passado, 18 mortes foram atribuídas diretamente à doença, e 27 pacientes faleceram com a tuberculose como causa secundária. Em Canoas, qualquer Unidade de Saúde está preparada para identificar sintomas respiratórios e realizar exames diagnósticos para tuberculose. Se você suspeitar que pode estar com a doença, não hesite em procurar ajuda médica o mais rápido possível.

O tratamento da tuberculose é feito através de medicamentos prescritos por um profissional de saúde e deve ser realizado diariamente e sem interrupção por um período mínimo de 180 dias, mesmo que os sintomas desapareçam antes desse prazo.

Pessoas com maior risco de contrair a tuberculose são aquelas com sistema imunológico deficiente, como portadores do vírus HIV, diabéticos, idosos doentes, desnutridos, usuários de álcool e outras drogas, e tabagistas.

Saiba mais:

O que é tuberculose?
Causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como Bacilo
de Koch, a Tuberculose é uma doença infecciosa, transmissível pelo ar, que compromete principalmente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais freqüentemente em pessoas que vivem com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico. Pelos elevados índices de mortalidade e morbidade, é considerada como um grave problema de saúde pública.

Como a tuberculose é transmitida?
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis
oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos.

Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia
positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da doença.

Quais são os sintomas da tuberculose?
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso,
recomenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigado para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como:

• Febre vespertina
• Sudorese noturna
• Emagrecimento
• Cansaço/fadiga

Como se Previne a Tuberculose?
A principal forma de prevenção da tuberculose é a vacina BCG. A vacina BCG é oferecida de graça
no Sistema Único de Saúde (SUS). A BCG protege contra as formas mais graves da tuberculose, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.

O emprego de medidas de controle de infecção também faz parte das ações de prevenção da
doença, tais como: manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar; proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar (higiene da tosse); e evitar aglomerações.

Como se Trata a Tuberculose?
Após o diagnóstico na Unidade de saúde, o tratamento deve ser feito o quanto antes e por um
período mínimo de 180 dias, diariamente e sem nenhuma interrupção, mesmo com o desaparecimento dos sintomas.

Quem tem mais risco de pegar tuberculose?
Pessoas portadoras do vírus HIV, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes,
usuários de álcool e outras drogas, e tabagistas são mais propensos a contrair a tuberculose por terem o sistema imunológico deficiente baixo. Esses pacientes são o principal grupo de risco.

Texto: Alan Cardoso – PMC

Edição: Valéria Deluca – PMC