Pelo 8º ano consecutivo, a EMEF Bilíngue para Surdos Vitória promoveu, nesta terça-feira (5), o projeto “Soletrando com as Mãos”. A atividade teve participação dos 36 alunos da escola. Uma banca de jurados avaliou os estudantes, que tiveram 1 minuto para soletrar em lingua de sinais as palavras sorteadas, de acordo com o nível de cada um.
Uma das alunas que participou foi a Ana Gabriela, do 9º ano, que relatou, em Libras, como foi participar da atividade. “Estava muito nervosa, tanto antes quanto na hora de soletrar, mas eu treinei bastante em casa e com os professores na aula. No fim, foi muito bom e divertido, além de ajudar bastante a aprender, relatou.”
“Educar exige criatividade. Nós buscamos sempre implementar novos projetos pedagógicos no intuito de fazer com que os alunos evoluam, ampliem seus conhecimentos, o vocabulário e melhorem a escrita. Com essa iniciativa, eles se sentem desafiados, se envolvem, participam, disputam e, consequentemente, aprendem, sempre se divertindo”, destaca o diretor da escola, Rafael Schilling Fuck.
O projeto também contribui para que o aluno possa inferir o sentido de uma palavra ou expressão para a compreensão de um texto, entre os vários significados possíveis que a palavra tenha. “Sempre ficamos muito satisfeitos com o resultado do projeto, porque além de facilitar a comunicação e desenvolver habilidades de leitura e escrita, promovemos a interação entre os alunos”, ressalta o diretor.
Escola Bilíngue para Surdos Vitória
Inaugurada em 2003, a EMEF Bilíngue para Surdos Vitória foi a primeira escola do Estado a implementar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) no currículo escolar. O ensino bilíngue foi adotado para que todos possam compreender e se comunicar com colegas que não ouvem ou não falam.
No local, são atendidos cerca de 36 alunos em tempo integral, e as aulas são dadas em Libras e em português na modalidade escrita. As duas disciplinas têm a mesma carga horária de ensino, com três períodos semanais para cada conteúdo. Todos os professores e a equipe diretiva se comunicam em Libras. Os demais profissionais são treinados para ter fluência. As salas de aula foram personalizadas para os surdos, com espaços planejados com apelo visual chamativo, característica marcante no aprendizado das libras.
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