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II Marcha Trans de Canoas reúne militantes e simpatizantes da causa

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Foto: Guilherme Pereira

O início da semana foi marcado pela realização da II Marcha Trans de Canoas, que ocorreu na tarde desta segunda-feira (8). A atividade contou com uma concentração no Calçadão de Canoas, onde foram criados cartazes de apoio ao movimento trans no município. Com o objetivo de dar visibilidade às pautas e demandas da população travesti, transexual e transgênero, a Marcha foi realizada pelo Conselho Municipal LGBT de Canoas e pelo Fórum LGBT de Canoas, com apoio institucional da Prefeitura de Canoas através da cedência do Auditório Sady Schwitz para a roda de conversa.

De acordo com a presidente do Conselho, Jeaniffer Alves de Souza, a atividade buscou conscientizar sobre as violências sofridas por essa população e seus direitos. “A marcha surgiu em 2023 como uma forma de apoio à população trans de Canoas. Em um primeiro momento lutamos pelo funcionamento do Ambulatório T, que foi uma grande conquista para a população trans. Porém, começamos o ano com a falta de medicamentos, que só conseguimos resolver agora”, salienta.

Para Jorge Rosiak, 34 anos, homem trans e ativista do movimento em Canoas, a marcha é muito importante para o segmento. “Estamos aqui para lutar pela saúde, segurança e empregabilidade, que são pontos importantes na luta pelos direitos da população trans”, reforça.

Com gritos de “a nossa luta é todo dia, por mais direitos e contra a transfobia”, o grupo se dirigiu até o Paço Municipal, onde foi realizada uma roda de conversa sobre direitos, saúde e empregabilidade trans. Conforme o advogado especialista em direitos LGBTQIAPN+ e vice-presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da OAB RS, Diego Cândido, o momento é uma forma de pensar nos direitos como uma construção social.

“Os direitos da comunidade LGBTQIAPN+ não estão previstos em lei, e isso nos traz uma grande insegurança jurídica. Se tornaram direitos, pois foram previstos e foram decididos por meio do Poder Judiciário. Ou seja, a partir de uma decisão de um juiz, se estendeu para o restante da população, mas é necessário que se tornem leis”, afirma Diego Cândido.

A roda de conversa também contou com a participação do médico Fábio Rosa, que é o responsável pelo atendimento das pessoas que estão em processo transexualizador no Ambulatório T de Canoas, da Chris Siberino, mulher trans, palestrante e que foi Miss Trans 2016 de Canoas, e Niel Venso, uma pessoa não binária e usuária do Ambulatório T, além de militantes, simpatizantes, população trans e familiares.

Escritório de Comunicação