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Um mês após a chegada a Canoas, já há venezuelanos inseridos no mercado de trabalho

O município recebeu 305 venezuelanos no mês de setembro, por meio do programa de interiorização do Governo Federal
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Foto: Vinicius Thormann

Os venezuelanos que hoje vivem em Canoas começam aos poucos a integrarem-se ao mercado de trabalho local. Nesta sexta-feira (12) fez um mês da chegada do primeiro grupo ao Município. No total, 305 pessoas vivem hoje em Canoas, vindas por meio do programa de interiorização do Governo Federal.

Desde antes da chegada, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social (SMDS) organizou a operação de acolhida, com todo o trabalho de assistência social, com o cadastro de voluntários e também a gestão dos Centros Temporários de Acolhida (CTAs), localizados na rua Argentina e avenida Farroupilha. É a SMDS que participa do cotidiano do venezuelanos em Canoas, recebendo e administrando todas as suas demandas.

Passada a fase inicial de acolhimento e adaptação, o foco hoje é a inserção no mercado de trabalho, como explica a secretária da SMDS, Luísa Camargo. “A adaptação nunca é fácil. Aqui, eles ainda enfrentaram a adaptação ao clima. Tivemos muitos casos com problemas de saúde, principalmente as crianças. Mas não deixamos de trabalhar para que essas pessoas possam se inserir na sociedade e consigam buscar oportunidades de emprego, de geração de renda, e possam se independizar”.

Hoje, dos 63 adultos que vivem no CTA da Farroupilha, dois trabalham com contratos assinados e dois com atividades informais. Outros oito participam de processos seletivos. Os demais tiveram seus currículos cadastrados no Banco de Oportunidades da Prefeitura.

Já no CTA da Argentina, dos 142 adultos acolhidos, 16 estão trabalhando com contratos formais, oito em trabalhos informais e dois aguardam processo de seleção. O venezuelano Carlos Henrique Velasquez Rodrigues é um dos que já está trabalhando. Ele é soldador e hoje está empregado na mesma função que exercia no país de origem. “Estou agradecido porque cheguei há poucas semanas e já comecei a trabalhar em uma empresa. As pessoas são muito boas, me tratam bem, me ensinam. Estou tendo a oportunidade de aprender coisas que não sabia e de ter um futuro melhor”.

Carlos chegou a Canoas com a mulher e um filho. Deixou outros quatro filhos na Venezuela. Seu sonho é poder recomeçar a vida em Canoas e, em breve, trazer os filhos que ficaram no país de origem.

Venezuelanos em Canoas

O município recebeu 305 venezuelanos no mês de setembro, por meio do programa de interiorização do Governo Federal. Inicialmente, Canoas recebeu R$ 1,02 milhão do Governo Federal para custear as necessidades emergenciais dos imigrantes. O contrato tem duração de seis meses, mas na hipótese deste período não ser suficiente para a integração dos venezuelanos no país, o convênio poderá ser prorrogado. O aluguel dos CTAs é custeado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Assessoria de Comunicação