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Bate-papo destaca o papel da ilustração na obra literária

O professor Cid D'Ávila e a patrona da Feira conversaram sobre o tema na noite desta sexta-feira (29)
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Foto: Bruna Ourique

Escrita e desenho são linguagens diferentes e complementares. Ao falar sobre a ilustração nas obras literárias, a patrona da 39ª Feira do Livro de Canoas, a professora Lúcia Regina Lucas da Rosa e o professor Cid D’Ávila destacaram que escritor e ilustrador emprestam seus olhares para cada capítulo. “Quando livro te permite criar o próprio mundo, não há coisa melhor”, disse Lúcia.

No bate-papo ocorrido na noite desta sexta-feira (29), no Auditório Sady Schiwitz, Cid, que é professor da Unilassale, ressaltou o desenho sempre esteve presente na sua vida, assim como os livros. “O livro faz parte da vida e uma das coisas que o desenho me permitiu foi exercer uma atividade profissional, inclusive com os livros”.

Segundo ele, todas as crianças gostam de desenhar e muitos abandonam o hábito ao longo do tempo. “É preciso resgatar esse contato com o desenho. Desenhar é como respirar, é essencial”, definiu.

A inteligência artificial também foi tema da conversa, já que a tecnologia impacta no mercado de ilustração. “Hoje, a inteligência artificial faz parte da vida em todas as áreas, tanto para o escritor quanto para o ilustrador. Não tem como a gente evitar essa situação. Como toda tecnologia, ela chega, nos dá um susto no começo e a gente acaba tendo que se adaptar a ela. Eu acho que é muito recente ainda. A gente precisa aprender um pouco sobre ela, precisa entender muito bem como funciona”, disse Cid.

Durante o bate-papo, Cid e Lúcia pontuaram  que o ilustrador de um livro muitas vezes precisa ler a obra várias vezes até chegar à arte ideal. “Às vezes, a obra não precisa ser explicada pelo autor para que o ilustrador faça seu trabalho. A arte pode ser constituída através da interpretação da obra escrita e do olhar do artista sobre ela”, concluiu Lúcia.

Escritório de Comunicação

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