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Observatório de Segurança Pública é modernizado e Sisplan é a principal novidade

Plataforma fornece recursos e tecnologias que ajudam nas estratégias por meio de indicadores criminais
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Foto: Juliana Reis

O Observatório de Segurança Pública de Canoas (OSPC) está com uma roupagem mais moderna e ganhou melhorias operacionais neste ano. Uma das novidades implementadas é o Sistema de Planejamento e Gestão (Sisplan), ferramenta que possibilita uma análise aprofundada de múltiplas tipificações criminais da cidade. Com o papel de apoiar os gestores públicos na tomada de decisões e nas políticas de combate à violência urbana, a plataforma abastecida pela Secretaria Municipal de Segurança Pública (SMSP) reúne dados atualizados sobre indicadores criminais, como mortes violentas (homicídio, latrocínio, encontro de cadáver, mortes decorrentes de confronto com a polícia e feminicídio), violência contra a mulher, furto e roubo de veículos no município.

O secretário de Segurança Pública de Canoas, Álex Brandão, afirma que, além da transparência, o centro de pesquisa ajuda na caracterização da natureza, na incidência e na distribuição espacial das violências e crimes da cidade. “Nós vivemos um momento muito especial, pois damos um salto no trabalho do Observatório, na condição de acesso aos demais atores do município. A plataforma comunga com a integração entre órgãos municipais e para fora do município com demais atores de segurança pública”, avalia.

O secretário-chefe do Escritório de Comunicação (ECOM), Daniel Silveira Cardozo, destaca o papel do Observatório de Segurança desde a sua implementação, em 2009. “Sem inteligência, sem dados, sem pesquisa, sem a qualidade da informação, não conseguimos atuar nas frentes necessárias. Não podemos, sem ter uma base com o subsídio de dados, sair construindo políticas públicas sem consistência. Então, na época, se criou o Observatório de Segurança como uma política de Estado, e não era uma política do governo, pois foi instaurado através de lei”, disse.

O Sisplan é um instrumento interno de business intelligence (BI), com filtros avançados e cruzamento de variáveis. As principais funcionalidades da ferramenta são: análises territoriais e temporais, com foco no planejamento amplo da Segurança de Canoas; operações, para o planejamento de ações da Guarda Municipal; crimes contra a pessoa, com foco em dados situacionais e perfis; e relatórios internos, para relações mensais de indicadores criminais e estudos específicos.

O coordenador do Observatório de Segurança Pública de Canoas, Jacson Portolon, destaca a importância da leitura dos dados cadastrados no sistema. “Isso se chama trabalhar com evidências. Todos os módulos contam com hotspots, estatísticas criminais e múltiplos filtros que possibilitam o acusamento de variáveis e um amplo conjunto de justificações criminais. Além disso, o sistema disponibiliza relatórios internos e muitos específicos realizados pelo Observatório”, destaca Jacson.

O novo modelo do portal foi desenvolvido para divulgar diagnósticos, estatísticas criminais atualizadas e relatórios detalhados de forma pública e transparente, sempre respeitando a Lei de Acesso à Informação (LAI), a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o sistema Dados Abertos. Os dados criminais são integrados ao sistema geográfico GeoCanoas, que otimiza e moderniza a experiência de consulta para gestores, pesquisadores e cidadãos, no acesso às informações atualizadas sobre a segurança pública municipal. A parceria foi firmada durante a cerimônia desta quinta através da assinatura do termo de cooperação técnica para manutenção do site e Sisplan.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo da Silva, o Sisplan de Canoas utiliza um dos melhores sistemas de geotecnologia. “Essa ferramenta vem para trazer mais informações e tirar qualquer dúvida de todo o trabalho que vocês realizam. Vocês são uma referência e tenho muito orgulho de dizer que estamos ao lado de vocês, dentro do trabalho que desenvolvem sempre, exatamente, de uma forma rápida”.

Pesquisas de vitimização
Canoas se destaca entras as cidades por promover, regularmente, a realização de três distintas pesquisas de vitimização. Por meio delas, as autoridades conseguem compreender o perfil das vítimas, circunstâncias dos crimes, relações entre vítimas e agressores, fatores que influenciam a denúncia, sensação de segurança, grupos de risco e atitudes da população em relação à segurança pública e à Justiça.

As três pesquisas:
– Violência Contra a Mulher: análises situacionais das mulheres vítimas de violências, monitoradas por meio dos registros policiais (SCI), Sistema Nacional de Informação sobre Agravo e Notificação (SINAN) e Disque 180.
– Violência Infantojuvenil: análises situacionais das violências que ocorrem desde a infância até a fase adulta da juventude, observando trajetórias e relações sociais e criminais.
– Violência Escolar: Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) notificam as situações de violências, que ocorrem dentro e no entorno do ambiente escolar, por meio da plataforma online ROVE. O Observatório acompanha os casos registrados, gerando relatórios e boletins individuais para cada escola, subsidiando programas e projetos de prevenção da Secretaria de Segurança Pública de Canoas e de outros órgãos do poder público.

Contribuições para demais programas
Além das três pesquisas de vitimização, o Observatório ainda ajuda na elaboração de políticas públicas relacionadas ao Programa Canoas Cidade do Cuidado, nos trabalhos técnicos da Guarda Municipal (GM) e até mesmo na Pesquisa de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), voltada à avaliação da qualidade de vida dos agentes da GM.

Escritório de Comunicação

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