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Secretários da Saúde de todo o Rio Grande do Sul se unem para enfrentar a crise

Situação de Canoas se repete em outras cidades do Rio Grande do Sul
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Foto: Derli Colomo Jr

A secretária da Saúde de Canoas, Rosa Groenwald, se reuniu na manhã desta terça-feira (27) com gestores de diversas cidades do Rio Grande do Sul para buscar soluções diante da grave crise que atinge a saúde pública. Os problemas, que já foram amplamente anunciados em Canoas, se repetem em outros municípios. O atraso no repasse de recursos por parte do governo do Estado tem feito com que os gestores tenham que reduzir os serviços à população. O grupo definiu diversas iniciativas para buscar, junto à Secretaria Estadual da Saúde e também na Justiça, a obtenção dos recursos. Somente em Canoas, o valor não repassado irá chegar aos R$ 37 milhões nos próximos dias.

A secretária de saúde de Canoas, Rosa Groenwald, destacou para os demais secretários as dificuldades que o município enfrenta. “Há dois anos não recebemos os recursos integralmente, o que faz com que sejamos obrigados a cancelar os atendimentos eletivos. Junto disso, nós atendemos pacientes de 156 municípios do estado, que são referenciados em Canoas, o que aumenta consideravelmente nossos atendimentos”, disse.

Além de Canoas, outras cidades também cancelaram os atendimentos eletivos por conta da falta de recursos. Um exemplo é Novo Hamburgo, que também tem recursos atrasados e não consegue manter todos os serviços em funcionamento. O secretário da Saúde de Novo Hamburgo, Naasom Luciano, cobrou um posicionamento do governo do Estado. “Não temos perspectiva de futuro, não sabemos de onde vamos tirar dinheiro. Quem está custeando a saúde no Rio Grande do Sul são os municípios e ninguém está dando conta”, afirmou. O discurso de Luciano foi acompanhado pelo presidente do Conselho de Secretarias Municipais da Saúde (Cosems), Diego Espíndola. Para ele, “falta sensibilidade do governo com o custeio da saúde no Rio Grande do Sul”.

Em Sapucaia do Sul, onde também foram cancelados os atendimentos eletivos, o clima é de apreensão, de acordo com o secretário da saúde do município, Neio Pereira. “Trabalho na saúde pública há décadas, nunca vi uma situação assim. Estamos vivendo um verdadeiro caos sanitário em todo o estado. O governo precisa nos dar uma resposta. Como ele segue arrecadando e não repassa à saúde dos municípios?”, questionou.

Os secretários irão divulgar uma carta aberta à população do Rio Grande do Sul. O documento vai relatar os diversos problemas enfrentados e as soluções buscadas em conjunto para restabelecer os serviços em saúde.

Assessoria de Comunicação

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