O prefeito Luiz Carlos Busato esteve em Brasília nesta quinta-feira (13) para buscar apoio após a Justiça determinar que o Município faça a gestão do Hospital Universitário (HU) e Hospital de Pronto Socorro (HPS). O prefeito Busato teve reuniões com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e conquistou auxílio importante na condução desse processo.
O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, enviará uma equipe para Canoas para ajudar a Prefeitura a fazer o diagnóstico da gestão do HU e HPS e também dar apoio ao plano de ação de recuperação. O Sírio-Libanês já está trabalhando atualmente em oito cidades gaúchas, onde está realizando capacitações para a qualificação do gerenciamento de saúde nos municípios.
A partir da semana que vem, Canoas também contará com profissionais do Grupo Hospitalar Conceição, de Porto Alegre, que vão auxiliar na gestão dos dois hospitais.
O prefeito Busato saudou o auxílio técnico e qualificado que Canoas receberá. “O apoio dessas duas equipes será fundamental, já que a Prefeitura não possui no seu quadro profissionais técnicos com a expertise nessa área”, ressaltou.
Situação financeira de Canoas
O prefeito também viajou a Brasília para buscar socorro financeiro, um dia após assinar o decreto de situação de emergência na saúde de Canoas. Os ministros afirmaram, no entanto, que não há nenhuma possibilidade, neste momento, de recursos extras do Governo Federal para a saúde de Canoas. O que foi garantido foi um suplemento de verba do deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB/RS), de R$ 1 milhão, que o parlamentar destinará para Canoas.
A necessidade urgente de Canoas, agora, são R$ 30 milhões para quitar os salários atrasados dos funcionários da saúde que recebem mais de R$ 7 mil mensais, além do 13º salário. O prefeito Luiz Carlos Busato ressalta que o município já foi muito além das suas obrigações para custear o sistema de saúde de Canoas, que é o segundo maior polo de saúde do Rio Grande do Sul. Canoas é referência no atendimento para 156 cidades.
A situação financeira do Município é crítica devido ao atraso nos repasses do Governo do Estado. No próximo dia 20 de dezembro, a dívida do Estado com Canoas ultrapassa os R$ 45 milhões. “Não temos de onde tirar mais recursos para quitar os salários e o 13º dos funcionários da saúde. Já fizemos um esforço enorme na semana passada, quando garantimos R$ 12 milhões para o pagamento desses funcionários. O Estado está inviabilizando Canoas financeiramente e colocando vidas em risco. Com o atraso milionário do governo estadual, ficamos sem perspectivas”, lamentou o prefeito.