Preocupados em conscientizar os jovens sobre os efeitos do bullying, a equipe da Diretoria da Juventude, ligada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Participação Social, foi pega de surpresa em uma de suas palestras. Após finalizar as falas, um número considerável de alunos procurou os palestrantes para relatar casos de depressão, automutilação e tentativas de suicídio.
A partir do alerta, a Diretoria acionou o Comitê Permanente de Combate ao Suicídio, um grupo multissetorial composto por membros das Secretarias Municipais da Saúde, de Desenvolvimento Social, da Educação, de Direitos Humanos e Participação Social e por representantes da sociedade civil, para elaborar um plano de ação de conscientização desse público.
“Assim que acabava a palestra, nos colocávamos a disposição para tirar dúvidas e chegavam os alunos relatando casos pessoais e de amigos próximos. Tudo isso gerou um serviço e vimos que era preciso uma atenção maior ao assunto”, relatou o diretor da Juventude, Cássio Abreu.
Foi preciso parar as palestrar e reformular o conteúdo e seu direcionamento. No país, o maior número de casos relacionados a suicídio e tentativas é entre idosos, porém, em Canoas, a prevalência é entre crianças e adolescentes, segundo o Departamento de Saúde Mental, ligado à Secretaria Municipal da Saúde.
As palestras têm o objetivo de atuar na prevenção ao bullying, à violência autoprovocada e ao suicídio, com o tema de valorização à vida, e ampliando a percepção sobre o assunto. A equipe do município vai atuar junto às Escolas Estaduais, para sensibilizar os alunos em idade de maior ocorrência dos casos, estimulando a conversa e informando a necessidade de procurar os CAPS para, se necessário, fazer uma avaliação.
Simone Glimm, do Departamento de Saúde Mental e membro do comitê, explica que o objetivo do Comitê é entender o fenômeno e propor políticas públicas de prevenção. “Vamos formar uma comissão para se ocupar de um observatório, para traçarmos um perfil e tratar da educação permanente. Temos que capacitar as portas de entrada da saúde em termos de sinais de alerta, o que tem de ser visto e para onde encaminhar. E depois pensar nas escolas, segurança pública, desenvolvimento social e na rede”, aponta.
Programação:
Dia 7 de maio – 8h30 – Escola Estadual Victor Hugo – Bairro Mathias Velho
Dia 8 de maio – 8h, 14h e 19h30 – Escola Estadual Carlos Chagas – Bairro Niterói
Dia 9 de maio – 19h30 – Escola Estadual Canoas – Bairro Centro
Dia 14 de maio – 8h30 e 19h – Escola Estadual Margot Terezinha – Bairro Estância Velha
Dia 23 de maio – 8h30 – Escola Estadual Bartolomeu de Gusmão – Bairro Rio Branco