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Ações para evitar síndrome mão-pé-boca são colocadas em prática nas escolas

Ao tomar conhecimento de casos recentes da síndrome mão-pé-boca (SMPB), a Vigilância em Saúde e a Secretaria Municipal da Educação têm monitorado todas as ocorrências da doença. Equipes da Secretaria da Saúde já estão percorrendo Escolas de Educação Infantil do município para orientar pais e professores tanto sobre as formas de prevenção da doença quanto de outras infecções.

Estão sendo adotadas ações pelas escolas focadas na intensificação da higiene e limpeza de todos os espaços, a fim de evitar proliferação do vírus. As crianças diagnosticadas são orientadas pelo próprio sistema de saúde a permanecerem em casa de repouso, com medicação adequada, até passarem os sintomas. O Município de Canoas está em alerta a qualquer situação que envolva a saúde e o bem-estar das crianças, trabalhando em rede para esse objetivo.

O que é a síndrome mão-pé-boca

A síndrome mão-pé-boca (SMPB), também chamada de doença mão-pé-boca, é uma infecção viral contagiosa muito comum em crianças, que é caracterizada por pequenas feridas na cavidade oral e erupções nas mãos e nos pés. A SMPB é, na maioria dos casos, uma doença branda e benigna, que desaparece espontaneamente após alguns dias, sem causar nenhum tipo de complicação. O maior problema costuma ser o risco de desidratação, pois a dor de garganta pode fazer com que a criança pare de aceitar alimentos e líquidos.

A SMPB ocorre frequentemente nas crianças com menos de 5 anos, mas pode, eventualmente, acometer adultos. De todas as principais causas de exantemas febris (febre + manchas vermelhas na pele), a doença mão-pé-boca é uma das mais fáceis de ser diagnosticada, devido ao seu típico envolvimento da mucosa oral, solas dos pés e palmas das mãos.

Transmissão

O vírus que causam a doença mão-pé-boca podem ser transmitidos por contato com secreções das vias respiratórias, secreções das feridas das mãos ou dos pés e pelo contato com fezes dos pacientes infectados. Isso significa que o Vírus Coxsackie (e os outros vírus causadores da SMPB) podem ser transmitidos nas seguintes situações:

– Beijar alguém infectado;
– Ter contato com secreções respiratórias, geralmente através da tosse ou espirro;
– Beber água contaminada;
– Apertar a mão de alguém contaminado;
– Ingerir alimentos preparados por alguém infectado, que não tenha feito a higienização adequada das mãos;
– Contato com brinquedos ou objetos que possam ter sido contaminados por mãos sujas;
– Contato com roupas contaminadas;
– Trocar fraldas de crianças contaminadas.

Geralmente, a fase de maior contágio da síndrome mão-pé-boca é durante a primeira semana de doença. Porém, mesmo após a cura, o paciente pode permanecer eliminando o vírus nas fezes, o que o mantém contagioso durante dias ou até semanas depois dos sintomas terem desaparecidos.

Sintomas

O período de incubação da SMPB costuma ser de 3 a 6 dias. Os primeiros sintomas a surgirem costumam ser dor de garganta e febre baixa, que fica por volta dos 38 ºC. Mal-estar e perda do apetite também são frequentes. Num primeiro momento, a doença é muito parecida com qualquer quadro de virose comum, sendo impossível o seu diagnóstico clínico nesta fase. Um ou dois dias após os primeiros sintomas, começam a surgir as lesões características que dão o nome à doença mão-pé-boca.

As lesões da boca começam como pontos avermelhados, que se transformam em pequenas bolhas e posteriormente em úlceras dolorosas, semelhantes às aftas comuns. Essas ulcerações surgem habitualmente na língua, e nas partes internas dos lábios e bochechas. O palato (céu da boca) também pode ser afetado.

Um ou dois dias após o surgimento das lesões da boca, começam também a aparecer as lesões nas palmas das mãos e nas solas dos pés. A ferida inicia-se como pequenas bolhas, com um halo avermelhado ao seu redor. As lesões costumam ter de 0,1 a 1 cm de diâmetro e podem se romper, liberando um líquido que é bem contagioso. Nádegas, coxas, braços tronco, e face também podem apresentar algumas lesões.

É importante destacar que nem todas as pessoas contaminadas pelo Vírus Coxsackie desenvolvem o quadro clínico completo da SMPB. 75% dos pacientes têm a síndrome completa, mas o restante pode ter apenas lesões na boca ou na pele. No caso dos adultos, a maioria dos indivíduos que entra em contato com o Vírus Coxsackie não desenvolve sintoma algum.

Prevenção

Pessoas contaminadas devem ficar em casa. Crianças não devem ir à creche ou à escola, e adultos devem se ausentar do trabalho até todos os sintomas terem desaparecidos.

Como o vírus ainda pode ser eliminado nas fezes mesmo após a cura dos sintomas, é importante orientar o paciente a lavar as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear comida. Nas creches, é preciso ter muito cuidado com a higiene das mãos na hora de trocar as fraldas, para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança pra outra. Roupas comuns e roupas de cama podem ser fontes de contágio (principalmente se houver secreção das lesões da pele) e devem ser trocadas e lavadas diariamente. Brinquedos também devem ser lavados com frequência.

Assessoria de Comunicação