A busca por uma maior participação das mulheres na política, o empoderamento feminino e a igualdade de gênero nos espaços públicos foram temas debatidos, nesta quinta-feira (18), na Escola Municipal Arthur Pereira de Vargas, em Canoas. A vice-prefeita Gisele Uequed foi a convidada do dia para falar sobre sua trajetória e sobre a importância da representatividade feminina.
A roda de conversa com a vice-prefeita faz parte de um ciclo de palestras promovido pelo projeto “Solta a Voz, Guria! Queremos ouvir a sua história”. A iniciativa é dos alunos do 8º e 9º anos da escola e visa o empoderamento de meninas e a igualdade de gênero no ambiente escolar.
“Os direitos da mulher, a igualdade de gênero e o respeito devem ser motivos suficientes para não desistirmos de lutar. E, hoje, poder compartilhar a minha história e inspirar outras meninas, e meninos também, é gratificante porque tive a oportunidade de aliar dois assuntos que me motivam: a educação e o protagonismo das mulheres em diferentes espaços sociais”, salienta Gisele.
A vice-prefeita ainda destaca que o ambiente de diálogo, a liberdade no pensar e o olhar crítico favorecem o surgimento de projetos como este na escola. A experiência dos estudantes confirma a importância da promoção deste espaço de interação. Para a presidente do Grêmio Estudantil da escola, a aluna Maria Rita Fernandes Alf, o bate-papo foi essencial para promover a valorização das meninas. “Além da representatividade feminina, aproveitamos para perguntar sobre outros assuntos de nosso interesse, e as respostas da Gisele foram motivadoras. É muito importante termos uma figura feminina na política, encoraja cada uma de nós e nos proporciona uma força coletiva para lutar pela nossa valorização e pelo fim de qualquer forma de preconceito”, emociona-se.
Idealização do “Solta a Voz, Guria!”
O projeto foi idealizado a partir de conversas entre os alunos no Grêmio Estudantil da escola, sobre depressão, baixa autoestima, violência doméstica, violência escolar e suicídio. A iniciativa conta com o apoio das professoras de português, Daniela Duarte Ilhesca, de matemática, Fernanda Moser, e da orientadora, Luciane Czerwinski. Segundo Fernanda, o projeto melhorou as relações entre educadores, educandos e comunidade escolar. “Acreditamos que é na educação básica que conseguimos fortalecer a identidade feminina, por meio da representatividade e da visibilidade de mulheres, tanto históricas quanto as da nossa cidade. Assim, contribuímos para a formação de uma sociedade mais igualitária e justa, menos machista e preconceituosa”, ressalta a professora.