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Mini Zoo de Canoas celebra a recuperação de um dos animais que é símbolo do seu plantel

Espaço abriga e trata mais de 90 animais
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Foto: Vinicius Thormann

Um dos espaços mais queridos dos canoenses, o Mini Zoo de Canoas abriga em torno de 90 animais em seu plantel, além daqueles que são tratados no local e devolvidos ao seu habitat. Entre os residentes, um conquistou o coração da equipe do zoológico. Trata-se do Gabriel, um inquieto e enérgico mão-pelada. Mas se este nome não facilita a identificação da espécie, um parente dele pode ajudar na associação. Isso porque, o mão-pelada ou Procyon cancrivorus é a espécie mais próxima dos conhecidos guaxinins, encontrados em grande quantidade nos Estados Unidos.

Desde quando chegou ao zoológico, ainda filhote, o animal teve cuidados intensivos. E mesmo com um manejo especial, a saúde frágil do mão-pelada impôs a ele mais um desafio. Problemas gástricos e intestinais obrigaram o Gabriel a ser submetido a uma cirurgia e a uma semana de internação em uma clínica veterinária.

Depois do desafio e ainda se recuperando, o ilustre morador voltou para casa. Nesta terça-feira (29), ele foi recebido com uma surpresa pela equipe do local. Um mix de frutas e vegetais, simbolizando um bolo comemorativo, marcou o retorno daquele que se tornou símbolo dos cuidados dados aos animais silvestres no Mini Zoo de Canoas.

Os problemas causados pelo manejo inadequado

No Brasil, a espécie não é tão comum em regiões urbanas e vive, normalmente, em matas mais preservadas. A bióloga do Mini Zoo Patrícia Valentim, no entanto, conta que o Gabriel foi encontrado ainda filhote por uma família que pescava nas proximidades do Rio dos Sinos, em uma cidade vizinha de Canoas. “Eles viram esse filhote vagando sozinho, desacompanhado dos pais, ficaram preocupados e acabaram recolhendo esse animal e levando para casa”, revela.

Casos como este são muito comuns, mas o afastamento do habitat e o manejo inadequado de espécies silvestres pode levar a uma série de problemas, sobretudo, para os próprios animais. Foi o que aconteceu ao Gabriel. A veterinária do Mini Zoo, Maria Isabel da Rocha, explica que o tratamento não profissional dado a ele ocasionou problemas que ainda precisam ser suprimidos diariamente através de cuidados especiais. “E é um animal que não pode mais ser solto na natureza, por ter tido esse contato com os humanos e erros de manejo, ele sofreria”, acrescenta.

Assessoria de Comunicação