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“A solução de uma pandemia é coletiva”

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Foto: Alisson Moura

Após viver o recrudescimento da pandemia, o município de Canoas registra nas últimas semanas uma diminuição no número de novos casos de contaminação por coronavírus e da fila de espera por leitos hospitalares. Dados do boletim epidemiológico desta quinta-feira (1°) apontam a confirmação de 233 novos infectados, número que chegou a passar de 700 no auge do contágio, em março.

A melhora dos indicadores, embora ainda leve, já demonstra alívio na pressão sobre o sistema de saúde. Entre os fatores que contribuíram para esse novo quadro, estão as medidas de restrição mais rígidas adotadas nas últimas semanas, com diminuição das atividades noturnas, o que refletiu diretamente na diminuição do contágio e da propagação do vírus.

“Embora passe por ações individuais, a solução de uma pandemia é coletiva”, enfatiza o médico intensivista Euler Manenti, ao apontar a responsabilidade de toda a sociedade para a superação da crise provocada pela Covid-19. Coordenador do Núcleo de Saúde da Prefeitura de Canoas, ele alerta que não é o momento de relaxar os cuidados, pois a situação, sobretudo em nível nacional, ainda é extremamente preocupante, com recordes de mortes. Pelo contrário, a orientação é para que as medidas de prevenção sejam redobradas:

“O uso adequado da máscara e o distanciamento social são fundamentais”, afirma. Além disso, a higienização das mãos com água e sabão e a utilização do álcool em gel compõem as medidas eficazes para conter a contaminação.

Melhora dos indicadores relacionados ao coronavírus

Pelo 13º dia consecutivo, o índice de ocupação nas unidades de terapia intensiva (UTIs) Covid-19 se manteve abaixo de 100% em Canoas. Nesta quinta-feira, a taxa era de 87,22%, com 116 pacientes internados. O percentual chegou a atingir 112,30%, em 18 de março, o maior desde o início da pandemia. A diminuição está diretamente relacionada à recente inauguração de novos leitos no Hospital Universitário (HU), que começaram a ser abertos em 19 de março, e a uma leve desaceleração da demanda de internação de pacientes graves.

A ampliação dos leitos em um curto período de tempo foi fator determinante para que o município não enfrentasse uma situação ainda mais crítica, avalia Manenti. Nos primeiros três meses de 2021, o número de leitos de UTI Covid passou de 43 para 137, nos hospitais Universitário, Pronto Socorro e Nossa Senhora das Graças. Já os de enfermaria, cresceram de 70 para 267. “Criou-se uma visão de rede assistencial, o que não existia antes no município. Isso possibilitou que a gestão não fosse fragmentada, garantindo assistência a todos os pacientes”, destaca o médico.

Houve queda também no número de pacientes à espera por leitos de UTI. A fila, que chegou a registrar 67 pessoas, estava com oito na última terça-feira (30). Na manhã desta quinta-feira (1°), não haviam pacientes aguardando leito. O mesmo pode ser observado em relação aos leitos de enfermaria Covid.

Da mesma forma, caiu a procura pelas unidades de pronto atendimento (UPAs) exclusivas para casos associados ao coronavírus (Rio Branco e Boqueirão) e pelos centros de testagem. Além de diminuir a demanda por testes, reduziu o percentual de resultados positivos, que estão em torno de 5%.

Mesmo com baixa nos índices, município segue em alerta

Com a chegada do feriado prolongado de Páscoa, o apelo é para que a população evite viagens e aglomerações. O objetivo é impedir que o município volte a registrar aumento do contágio e das internações, como ocorreu no período após as festas de final de ano e o Carnaval. “O coronavírus depende do comportamento social. Ele precisa da aglomeração, do descuido da sociedade, para se multiplicar”, complementa Manenti.

O médico faz, ainda, um apelo importante sobre a adesão à campanha de vacinação contra a Covid-19: “Cada um de nós tem o dever de conscientizar o outro sobre a segurança da vacina. Temos que procurar ajudar as pessoas que estão em dúvida, pois a vacinação, além de segura, é fundamental para proteger a todos”.

Escritório de Comunicação - PMC