As crianças esperam ansiosamente o retorno das aulas presenciais, mas a educação não pode parar – e não pára mesmo na rede municipal de Ensino de Canoas. Nesta sexta-feira, foi realizado o Dia D de entrega do material do Pacto Canoas pela Alfabetização. O conjunto pedagógico foi distribuído juntamente com o material escolar e os uniformes para as crianças do Jardim 2 da Educação Infantil – e a alegria foi geral.
O Pacto Canoas pela Alfabetização é um programa de mobilização, um compromisso de todos para garantir o direito de aprendizagem a todas as crianças em idade de alfabetização, desde a Pré-escola.
“No dia 27 de abril, nós lançamos o Pacto Canoas pela Educação. Um pacto que implica na melhoria da qualidade da nossa educação, iniciando pela alfabetização. Então, é uma alegria muito grande estar aqui hoje, recebendo os pais com todos os protocolos sanitários, entregando o material que é uma das etapas desse projeto”, comemora a secretária de Educação, Sônia Rosa.
Os professores, diretores e coordenadores da rede municipal de Canoas já estão em formação para o método, mas o programa vai além, como explica Sônia. “Esse pacto é muito mais que uma metodologia. É um programa de mobilização social, que não implica só na escola, só nos professores, ele envolve também as famílias. É assim que nos tornaremos uma cidade educadora, uma cidade alfabetizadora”, afirma a secretária.
O material do Pacto pela Alfabetização é um grande apoio às famílias, especialmente nesse período de aulas remotas, porque elas podem ajudar as crianças a desenvolverem as atividades enviadas pelos professores. “Fico muito feliz com os pais que estão aqui. Eles são as âncoras para que este projeto tenha muito sucesso na nossa cidade. Queremos mudar a história de Canoas. Queremos que as crianças saiam do primeiro ano lendo e escrevendo na idade certa”, disse Sônia.
Emily Rocha, mãe da Rafa, do bairro Mato Grande, relata que estão bem ansiosas pelo retorno das aulas (presenciais). Ela conta que a menina, que está no Jardim 2, ficou muito triste no começo da pandemia, porque aprendeu muito na escola e sentia muita falta dos coleguinhas. “A escola é muito empenhada na alfabetização, sempre demonstrando interesse no aluno. O desenvolvimento da Rafa, quando estava na escola, era um, e agora é completamente diferente. Em casa a gente até tenta, mas não é aquela paciência de uma professora, o conhecimento. Ontem conversamos muito sobre esse projeto e ela ficou bem feliz, e eu acredito que vai mudar muito a nossa expectativa em relação à alfabetização dela”, aposta Emily.
Alice Pereira, mãe da Iara, do Jardim 2, conta que a expectativa é grande. “Em casa, ela participa de todas as aulinhas (remotas), não deixo faltar. Mas me preocupo muito com a alfabetização. Vim de uma família de professores. Ela logo vai começar o Ensino Fundamental, e a leitura? E as letrinhas, a numeração? Ela até já está bem adiantada, ao meu ver, mas quantas (crianças) não conseguem ainda nem escrever o nomezinho? E quanto aos pais que não têm tempo para auxiliar? E os pais, ou quem cria a criança, que muitas vezes não têm conhecimento? Acho que esse material vai ajudar muito”, avalia Alice.