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Basquete em cadeira de rodas é retomado em Canoas

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Foto: Tony Capellão

Na última sexta-feira (9), depois de mais de um ano sem atividades em função dos decretos da pandemia da COVID-19, os atletas do projeto Basquete em Cadeiras de Rodas – Brother Spartans, voltaram a se reunir para iniciar os treinamentos. As atividades estão acontecendo no ginásio Martin Luther King, todas as sextas-feiras, das 16 às 18 horas, e é aberto para qualquer pessoa com deficiência.

O secretário da Coordenadoria da Inclusão de Canoas, Vitor Longaray, projeta um ano de muitas ações para os atletas. “Em um trabalho conjunto do poder público, conseguimos o acesso ao ginásio. Por enquanto, os treinos só podem acontecer neste horário, pois toda a fiação foi roubada, ou seja, ainda não tem energia elétrica. Vamos trabalhar para que seja reestabelecida e, assim, podermos oferecer mais opções para os nossos atletas”, enfatizou.

O atleta José Gabriel Folador, 38 anos, integra esse time de esportistas. Há 13 anos ele sofreu um acidente de moto, com um trauma na coluna, e procurou no esporte uma forma de se manter em atividade. “Fiquei um ano em recuperação física após o acidente. Sempre fui esportista, sempre participei de competições e o basquete foi uma adaptação, a gente sempre se adapta”, lembra.

Para o atleta, a retomada da modalidade é fundamental, basicamente pela socialização, pois diminui muitos problemas de saúde. “A parte de grupo é muito importante, a convivência com os colegas. Não importa se é deficiente ou não, isso que faz eu me apaixonar pelo esporte. Mas a parte da competitividade, a gente está retomando. Os adversários já estão todos treinando e nós não podemos ficar para trás”, ressaltou José Gabriel.

Atualmente, o projeto dos Brother Spartans conta com a participação de 12 atletas, mas a ideia é a ampliação. “Nós temos muitos atletas interessados e muitos que já faziam parte do projeto e que ainda não conseguiram retornar. Para quem é cadeirante, o esporte dá condições, principalmente, físicas para encarar os obstáculos, e o que mais enfrentamos na vida são barreiras. No basquete adaptado conseguimos ultrapassar vários degraus de uma vez só”, enfatizou o atleta.

A retomada da modalidade é uma parceria entre a Coordenadoria da Inclusão, Câmara de Vereadores e Secretaria de Esportes, que em um esforço conjunto conseguiu o acesso ao ginásio.

Escritório de Comunicação PMC