Resultado de anos de pesquisa em arte têxtil – desenvolvendo técnicas de tingimento, pintura e impressão com metal, plantas e bordado, “Arqueologia do Tempo: mulheres insubmissas e memórias” estreia nesta quinta-feira (12), às 18h30, no Museu Municipal Hugo Simões Lagranha, localizado no Parque dos Rosa (Avenida Victor Barreto, 2186, Centro). Além da artista que assina a exposição, Rosane Vargas, o evento de abertura terá a performance “Sou Só/Mais Uma”, com texto e atuação da historiadora e atriz Nubia Quintana e direção de Juçara Gaspar.
Peças criadas a partir da impressão e tingimento botânico (com o uso de diferentes flores e plantas) e de ferrugem, como luminárias, panôs, bonecas e composições abstratas, da artista Rosane Vargas, poderão ser conferidas pelo público. A visitação acontece de 13/5 a 12/7, de terça a sexta-feira, das 10 às 17 horas e aos sábados e domingos, das 13h às 17h. A entrada é gratuita.
Os trabalhos apresentam uma linguagem que evidencia memórias e o universo contemporâneo feminino, como resultado de silenciosas violências. “A exposição, que conta com 22 peças, faz um convite à reflexão sobre a ancestralidade, o desgaste, a resistência e o feminino. A mostra tem por intuito, também, agregar setores das comunidades tradicionais de Canoas, a sua relação com o feminino e as praticas curativas com plantas”, explica um dos curadores e gestor do Museu, Airan Milititsky Aguiar. Além dele, a exposição conta com a curadoria de Larissa Lunkes de Souza.
Durante o período da mostra, com supervisão da Secretaria Municipal de Cultura, gestora do Museu Municipal, a artista têxtil, Rosane Vargas, vai realizar atividades interseccionais envolvendo o meio ambiente, o feminino, a ancestralidade, a espiritualidade, a arte e a saúde. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: casadosrosa@canoas.rs.gov.br.
Agende-se:
O quê: Exposição Arqueologia do Tempo: mulheres insubmissas e memórias
Local: Museu Municipal Hugo Simões Lagranha, na Casa dos Rosa, localizado no Parque dos Rosa (Avenida Victor Barreto, 2186 – Centro)
Quando: Visitação de 13/5 a 12/07. De terça a sexta-feira, das 10h às 17h e aos sábados e domingos, das 13h às 17h.
Entrada: Gratuita
* Estacionamento gratuito no local
Rosane Vargas (acervo
Artista têxtil e colecionadora de rastros, Rosane Vargas trabalha com memória, desgaste, ancestralidade, sagrado feminino e o lugar da mulher na contemporaneidade. Rosane trabalha com tingimento natural, impressão botânica e pintura com tintas botânicas e com óxido de ferro (ferrugem). Com formação superior em Pedagogia e Design de Interiores, a formação estritamente artística de Rosane foi em desenho, pintura, impressão em metal, impressão botânica e tingimento. Realizou exposições individuais na Casa das Artes – Villa Mimosa, Espaço Teresa Franco (Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre) e Café do Margs; coletivas na Casa das Artes – Villa Mimosa, Centro Cultural Érico Veríssimo, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul e Museu Municipal de Canoas. Tem obras nos acervos do Museu e da Biblioteca municipais de Canoas. Recebeu o prêmio Dana em Gravatai. Realizou a curadoria da mostra Cabeça de Cavalo, de Lala Gheller, no Museu Municipal de Canoas. Tem ministrado cursos de tingimento e impressão naturais. Instagram @rosanevargas.artes @ro_ateliergaragem
Curadoria
Airan Milititsky Aguiar
Doutorando em Filosofia e mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2009). Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2004) e graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República e Sociologia Teórica. Atua principalmente nos seguintes temas: história, história das ideias, iconografia, ideologia, história judaica. Foi assistente da artista Zoravia Bettiol, auxiliando na produção e montagem da exposição retrospectiva, referente aos 50 anos dedicados pela artista às artes visuais, bem como na editoração do livro homônimo, Zoravia Bettiol: a mais simples complexidade, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS, 2007). É gerente do Museu Municipal de Canoas desde 2014, sendo responsável por inúmeras exposições artístico-culturais. Participa da organização e gestão do Museu Municipal na Casa dos Rosa desde sua inauguração em 2016. Atualmente é Chefe da Unidade de Museu e Arquivo Histórico da Secretaria da Cultura de Canoas.
Larissa Lunkes de Souza
Mestranda em Filosofia com bolsa CNPq na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, sob orientação do Prof°. Dr. Norman Madarasz. Pesquisa as temáticas: ecofeminismo, decolonialidade, opressões e pandemia.
