Incluir, integrar e estimular a prática esportiva. Com esse intuito, os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bilíngue para Surdos Vitória, localizada no Bairro Mathias Velho em Canoas, estão participando dos 18º Jogos dos Estudantes Surdos de Porto Alegre.
A primeira fase aconteceu na sexta-feira (3), no Centro Estadual de Treinamento Esportivo – CETE em Porto Alegre, com as competições de atletismo, corrida, revezamento, arremesso de pelota e salto em distância. Nessa primeira participação, a escola conquistou cerca de 50 medalhas nas mais diversas modalidades e categorias.
Incentivadora do projeto, a diretora da EMEF Vitória, Lucimeri Teixeira Piachiski, destaca que os estudantes estavam ansiosos e empolgados para a participação no evento. “Os Jogos dos Estudantes Surdos foi muito aguardado este ano, pois ficamos sem a competição durante os dois anos de pandemia. Os estudantes da nossa escola adoram participar e se preparam para isso. Este momento trouxe de volta o convívio entre os estudantes das outras escolas, pois o evento vai para além da competição, há momentos de troca entre professores e estudantes. Essa integração estava fazendo muita falta na vida dos nossos alunos”, comemorou.
A segunda fase da competição acontece na próxima sexta-feira (10), no Parque Municipal Ararigbóia, bairro Petrópolis em Porto Alegre, com as modalidades coletivas e competições de futsal e voleibol. A expectativa para a participação nas modalidades são as melhores, já que nas últimas 4 edições dos jogos a equipe de futsal de Canoas conquistou o primeiro lugar. Os estudantes são conduzidos e acompanhados pelo professor de Educação Física Vanderlei Pinzetta, com apoio dos demais professores da instituição.
SOBRE A EMEF BILÍNGUE PARA SURDOS VITÓRIA
Inaugurada em 2003, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Bilíngue para Surdos Vitória, é a primeira escola de Canoas onde os alunos podem aprender a língua brasileira de sinais – LIBRAS, além do português escrito. O ensino bilíngue foi implementado para que todos possam compreender e se comunicar com colegas que não ouvem, ou não falam.
A instituição na Região Metropolitana é a primeira do Estado a incluir aulas de Língua Brasileira de Sinais no currículo escolar e foi a instituição modelo para a implementação da modalidade na cidade. As salas de aula foram personalizadas para os surdos, com espaços planejados com apelo visual chamativo, característica marcante no aprendizado das libras.
No local, são atendidos cerca de 40 alunos em tempo integral e as aulas são dadas em Libras e em português. As duas disciplinas têm a mesma carga-horária de ensino, com três períodos semanais para cada conteúdo. Todos os professores e a equipe diretiva se comunicam em libras. Os demais profissionais são treinados para ter fluência.