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Falar sobre doação de órgãos com a família é passo inicial para ampliar transplantes
O Dia Nacional da Doação de Órgãos é celebrado em 27 de setembro. Durante o mês, ações de conscientização são realizadas em todo o país para informar e incentivar as pessoas a se tornarem doadoras. Em Canoas, os hospitais Universitário (HU) e Nossa Senhora das Graças (HNSG) possuem comissões intra-hospitalares de doação de órgãos e tecidos para transplante.
A enfermeira supervisora das Emergências do Graças, Luciana Andretta, ressalta que a doação de órgãos é um assunto que deve ser levado para as rodas de conversas nas famílias. “Todo o processo inicia na manifestação das pessoas sobre a vontade em serem doadoras de órgãos, por isso, em algum momento da vida, precisamos manifestar o desejo de ser doador, pois, quando ocorre a confirmação da morte encefálica, a família é consultada sobre o consentimento para a retirada de órgãos”.
O enfermeiro Douglas Elizandro, da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Graças, reforça a importância da comissão no processo de captação dos órgãos a serem doados. “O principal papel da comissão é o diálogo com a família do doador. Por isso, sistematicamente promovemos capacitações para nossas equipes, pois conversar com as pessoas que acabaram de perder um ente querido deve ser feito com muita sensibilidade e, ao mesmo tempo, de maneira rápida, pois o tempo é um fator limitador para encaminhamento do órgão a ser doado”, destaca.
O que é morte encefálica?
A morte encefálica é quando acontece a parada definitiva do encéfalo, que é o cérebro e tronco cerebral, provocando, assim, a falência de todo o organismo.
Quem não pode ser doador de órgãos?
Portadores de doenças infectocontagiosas, como soropositivos ao HIV, hepatites B e C, Doença de Chagas, entre outras. Pessoas com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos. Pacientes em coma ou que tenham insuficiência de múltiplos órgãos.
Texto: Andréa Sommer – PMC
Edição: Carina Jung – PMC