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Canoas tem 1.400 pessoas convivendo com Alzheimer

Rede de cuidados da Secretaria da Saúde de Canoas realiza atendimento integral ao paciente
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Foto: Vinicius Thormann

Em 21 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Alzheimer. Caracterizada como uma doença degenerativa, progressiva e irreversível, o Alzheimer não tem cura, mas pode ser tratado a fim de amenizar os sintomas. A enfermidade afeta a memória, fala e a noção de espaço e tempo do paciente podendo provocar apatia, delírios e, em alguns casos, comportamento agressivo. Um dos primeiros sintomas é a perda de memória para fatos recentes. Além desses prejuízos, há a perda de independência da pessoa que tem a doença diagnosticada e, consequentemente, a sobrecarga de atenção e cuidado por parte da família. Conviver com um familiar que sofra do mal de Alzheimer exige paciência e dedicação. O Alzheimer atinge milhões de pessoas no mundo. Em Canoas, há 1.400 pessoas convivendo com a doença.

Esses pacientes recebem apoio da rede de cuidado de Idosos, da Secretaria Municipal da Saúde de Canoas. Eles recebem atendimento de acordo com o grau de complexidade de sua doença. Os casos que não demandam atendimento especializado são tratados nas Unidades Básicas de Saúde espalhadas por todos os bairros da cidade. Já aqueles em que a doença impacta de forma mais severa, ou que precisam de acompanhamento específico, são encaminhados para o Centro de Referência do Idoso (CRI). Lá, os pacientes recebem tratamento multiprofissional, com geriatra, psicólogo, assistente social, enfermeiro e nutricionista. Por ser uma doença irreversível, o tratamento do Alzheimer é voltado para manutenção da qualidade de vida e a segurança do idoso.

A doença

Não é possível prevenir o surgimento do Alzheimer, mas, há como, pelo menos, fazer com que se manifeste mais tarde. A médica Geriatra, Érica Neves, do CRI, explica que a adoção de hábitos saudáveis pode ajudar a evitar o desenvolvimento da doença. “Está comprovado que uma boa alimentação, a prática regular de exercícios físicos e a manutenção de atividades intelectuais e sociais como ler, relacionar-se com outras pessoas, aprender novas tarefas são capazes de minimizar as chances de contrair a doença de Alzheimer”, explicou.

De acordo com pesquisas, o Alzheimer é raro antes dos 50 anos e atinge cerca de 1% da população após os 65. A partir dos 75, a prevalência aumenta de modo exponencial, de maneira que, quando chega aos 85, 90 anos, somando os estágios leve, moderado e grave, 25% das pessoas têm a doença.

Perda da memória e de dependência

A memórias afetadas pelo Alzheimer são as chamadas “recentes”, aquelas que vêm de antes costumam ser mantidas. “A pessoa lembra de coisas ocorridas há muitos anos, mas encontra dificuldades de recordar com o que aconteceu ontem ou na semana passada. E tem problemas também para realizar atividades em sequência, não sabem, por exemplo, a ordem das ações para preparar uma refeição”, afirma a Geriatra.

Com a progressão, explica a especialista, o problema vai se complicando a ponto de essas pessoas ficarem agressivas, com manias de perseguição, ciumes exagerado, começarem a ter dificuldade para escolher a roupa adequada para a ocasião e, mais tarde, para realizar movimentos.

Para melhorar a qualidade de vida do paciente ao longo do tratamento, é importante tomar uma série de hábitos. Eles são responsáveis por amenizar os efeitos do Alzheimer. Psicólogo do Centro de Referência do Idoso de Canoas, Matheus Sgarioni, explica que uma série de atividades podem contribuir. “Manter atividades sociais, como frequentar a igreja, grupo de amigos, ir ao armazém, mesmo que acompanhado, contribuem para a redução dos prejuízos causados pela doença”, salienta. Ele também lembra que a manutenção de vínculos familiares cumpre um papel fundamental no tratamento.

Tratamento na rede pública de saúde

Quando diagnosticado com o mal de Alzheimer, o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência. Lá, ele receberá acompanhamento médico e social. A rede de cuidados, em Canoas, conta com diversos profissionais e serviços, que vão desde a visita domiciliar dos agentes de saúde até a distribuição gratuita de medicamentos. Há também grupos terapêuticos de convivência que contribuem para a amenização dos sinais da doença.

Assessoria de Comunicação