Na confluência entre os rios Sinos e Jacuí, em Canoas, repousa um parque natural bastante procurado durante o verão. Trata-se da Praia do Paquetá, a chamada “prainha”, que fica no bairro Mato Grande. Muito procurado por moradores da Região Metropolitana, o espaço de lazer chega a reunir 2 mil pessoas nos finais de semana de calor. Opções de passatempo não faltam: o local oferece churrasqueiras, cancha de futebol, trapiche para saltar na água doce e até um parque sincrético, composto por diversos santos religiosos.
A sintonia dos frequentadores com o local é tão grande que alguns resolveram prolongar a estada. É o caso da família de Altair de Oliveira, que há dez anos monta um acampamento na beira da prainha. Com lanternas, roupas de cama e bastante comida, os acampados da família Oliveira costumam passar cerca de dez dias “morando” na orla.
“Essas são as nossas férias. É sagrado. Todo ano viemos para cá, montamos nosso acampamento e curtimos a família. A criançada adora.” conta Oliveira, que não esconde a felicidade de compartilhar uma tradição que acompanha a família durante os dias de férias: os bailes da tarde, com muita música, do qual participam os frequentadores que estão perto do acampamento.
De acordo com Oliveira, a segurança no local melhorou de forma considerável nos últimos anos. Segundo ele, não há mais problemas de assaltos e foi fortalecida a sensação de segurança. “Vemos guardas municipais e brigadianos circulando bastante por aqui. Dormimos aqui, com todas a nossas coisas, sem nenhum medo”, afirma.
Outra facilidade que os frequentadores encontram na orla do Paquetá são os banheiros químicos, um pedido que era recorrente entre os banhistas. No início deste ano, foram colocadas dez estruturas móveis pela equipe da Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal das Relações Institucionais e Comunicação (SMRIC). Os banheiros ficarão no local todos os finais de semana, até o fim do Carnaval.
Quem aprovou a colocação dos banheiros químicos foi a moradora do bairro Estância Velha, Rita Silveira. Acompanhada da família, Rita tem o costume de pescar todas as manhãs de sábado na prainha. Por voltas das 9h, ela estaciona o carro em frente à orla, tira os artigos de pesca do porta-malas do carro e, segundo ela, “esquece do mundo” por um tempo.
“É uma tradição da minha família vir aqui. Frequento o Paquetá desde os três anos. Hoje pesco bem melhor, consigo até levar alguns peixes para casa e cozinha-los”, conta Rita. Segundo ela, a estrutura da prainha está muito melhor do que em anos anteriores. “Hoje, quem vem tem vontade de repetir a dose”, afirma.