Após vivenciarem um ciclo de violência, um dos objetivos das mulheres é recomeçar suas vidas. Mesmo não sendo um caminho fácil, a Prefeitura de Canoas, por meio da Coordenadoria das Mulheres, busca ser uma ferramenta de apoio para as vítimas nesse percurso.
De acordo com a secretária especial da Coordenadoria de Mulheres, Vani Piovesan, a ideia é realizar um trabalho transversal para fortalecer a rede de enfrentamento à violência contra mulheres e meninas no município. “Nós realizamos um trabalho de conscientização, prevenção e acolhimento, que engloba diversos órgãos do município e do Estado. Nossa rede tem trabalhado para zerar os casos de feminicídio na cidade, além de dar a oportunidade das mulheres recomeçarem suas vidas”, afirma.
Centro de Referência
Uma das portas de entrada para quem busca ajuda é o Centro de Referência para Mulheres em Situação de Violência Patrícia Esber (CRM). No local, as vítimas têm conhecimento sobre os tipos de violência: patrimonial, sexual, física, moral e psicológica.
Entre as referenciadas no CRM está Águia Santos*, 45 anos, que vive a violência patrimonial e psicológica. Assim como outras vítimas, ela vê uma chance de recomeçar a partir dos cursos oferecidos na Casa Lilás. “Os cursos da Casa Lilás serão a chance de recuperar minha autonomia e sair do ciclo de violência”, destaca.
No primeiro semestre deste ano, 1.331 mulheres foram atendidas no CRM e buscaram dar o primeiro passo em busca de um recomeço para suas vidas. É o caso de Luz Silva*, 40 anos, que possui medida protetiva contra o ex-marido. Ele foi um dos primeiros a ter tornozeleira eletrônica instalada através do projeto Monitoramento do Agressor, que iniciou em Canoas no mês de junho.
Luz encontrou nas filhas a motivação para romper com o ciclo de violência e recomeçar. Mesmo após a separação, ela ainda sofria com violência física, patrimonial e psicológica. “Não sou uma mulher leiga e, mesmo com todo conhecimento que tenho, demorei para enxergar que vivia uma violência. Mas posso dizer que nunca é tarde para dar o primeiro passo, eu tive o apoio da minha filha mais nova, que é apenas uma criança, mas que estava vendo tudo e que não queria mais passar por aquilo”, salienta.
* Nomes fictícios escolhidos pelas vítimas para preservar suas identidades.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.