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Centros Humanitários de Acolhimento começam a ganhar forma em Canoas
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Foto: Bruna Ourique
Projetados em dois espaços no município, os Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) para receber desabrigados em Canoas começam a ganhar forma. As estruturas dos complexos estão sendo erguidas no terreno e prédio da antiga Indústria Micheletto, no bairro São Luís, assim como o Centro Olímpico Municipal (COM), no Igara.
Na manhã desta quinta-feira (20), o avanço dos trabalhos foi conferido pelo vice-governador Gabriel Souza, pelo secretário executivo do Gabinete de Projetos Especiais do Gabinete do Vice-Governador, Clóvis Magalhães, e pelo secretário-chefe do Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil (Eclima) de Canoas, José Fortunati, além da equipe técnica. O grupo percorreu as áreas externas e internas, onde as obras de esgotamento, drenagem e montagem de estruturas estão em andamento.
“Optamos e abraçamos o Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) porque, além de ser um espaço mais qualificado, tem toda a experiência comprovada e atestada pela ACNUR. Estamos falando de uma abrigagem que propicia a chamada individualidade, com uma família em cada uma das unidades habitacionais. É melhor do que estar hoje em uma escola, ginásio de esportes ou sindicato, que cumpriram um papel importante por um período”, disse o secretário-chefe do Eclima, José Fortunati. Cada uma das acomodações, de 18 metros quadrados cada (3x6m), têm capacidade de abrigar uma família de até cinco pessoas.
Assinado no dia 6 de junho, o termo de cooperação entre a Prefeitura de Canoas e o Governo do Estado prevê a consolidação das estruturas que receberão as unidades habitacionais cedidas pela Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Atualmente, 208 estruturas modulares são montadas por mais de 50 militares do Exército Brasileiro, a partir de treinamento com profissionais da Acnur. Uma uma empresa contratada pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac cuida da instalação dos espaços multiusos.
“Em tempos normais, uma obra dessa complexidade levaria meses para ser colocada de pé, mas, devido à emergência e por meio de uma coordenação afinada entre todos os atores envolvidos estamos fazendo isso em pouco mais de 40 dias”, destacou Gabriel Souza.
Os Centros Humanitários de Acolhimento contemplam uma ampla infraestrutura, com alojamentos, atendimento médico, brinquedoteca, espaços para animais de estimação, chuveiros, banheiros, cozinha, dormitórios e espaços multiuso, entre outros espaços. Segundo Fortunati, importantes serviços sociais estarão sendo proporcionados, como um Centro de Assistência Social, espaços para entretenimento de crianças e adultos, local para pets e transporte coletivo assistindo esses dois espaços na cidade.
No bairro São Luís, a antiga Micheletto terá capacidade de receber 700 pessoas. No COM, as acomodações do Centro Humanitário devem atender cerca de 1.000 pessoas.
Texto: Fábio Radke
Edição: Escritório de Comunicação