A consultoria na saúde de Canoas dos grupos hospitalares Sírio-Libanês, de São Paulo, e Moinhos de Vento, do Rio Grande do Sul, prosseguirá por mais quatro meses. A boa notícia foi confirmada pelo diretor-executivo do Sírio Libanês, Fernando Torelly, em uma reunião para apresentação do relatório com um diagnóstico da situação da área. A consultoria das instituições é feita através de um programa do Ministério da Saúde, o Proadi-SUS, onde os grupos hospitalares, de excelência reconhecida, têm realizado consultorias em pontos-chave na gestão dos contratos executados até pouco tempo atrás pelo Gamp, sem custos ao município.
O trabalho conta com uma equipe com profissionais de diversas áreas. Essa equipe tem como missão fazer um diagnóstico e nortear a Prefeitura sobre a melhor forma de gestão do HU e do HPS, da UPA Rio Branco e de quatro Caps.
A equipe de consultores apresentou levantamentos detalhados de gastos e investimentos que eram feitos e as formas de torná-los mais efetivos. Foram identificadas necessidades de elevar as taxas de ocupação dos hospitais, e de manter a credibilidade com fornecedores, por exemplo. Consultor sênior do Sírio Libanês, Paulo Malabarba diz que o intuito do diagnóstico era mostrar situações onde é possível investir com melhor qualidade. “Esperamos que agora possamos implementar as medidas apresentadas. O que verificamos é que antigas gestões não investiram corretamente, seja em equipamentos, seja em gestão. A partir de agora, a produção poderá ser melhorada”, lembra Malabarba.
O secretário da Saúde de Canoas, Fernando Ritter, lembra que o trabalho da consultoria já trouxe melhoras visíveis nos primeiros meses de trabalho, realizado desde janeiro. “Nestes primeiros meses, conseguimos começar uma recuperação do Hospital Universitário e do Hospital de Pronto Socorro, com uma maior taxa de ocupação e um número crescente de cirurgias sendo realizadas. Hoje podemos olhar para frente”, afirma o secretário.
O diretor-executivo do Sírio-Libanês, Fernando Torelly, destacou a importância da atuação da Prefeitura de Canoas e afirmou que a manutenção da consultoria por mais quatro meses terá outro foco. Após a fase de diagnóstico, serão implementadas soluções. “Em abril de 2019, o numero de cirurgias foi o dobro de janeiro de 2019. Caso a Prefeitura de Canoas não tivesse intervido na gestão, o HU poderia estar com atendimentos suspensos hoje”.
“Propusemos ações de resultado imediato, que podem ser prontamente aplicadas, gerando melhorias para os usuários e a equipe assistencial”, afirmou o superintendente executivo do Moinhos, Mohamed Parrini. A partir de agora, o foco será nos planos de ação, com base no diagnóstico realizado pelas duas instituições de saúde que são referências nacionais.
O Prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, celebra a notícia do avanço e da permanência da consultoria, e lembra dos esforços que são feitos para melhorar a saúde. “O apoio que estamos recebendo dos hospitais Sírio-Libanês e Moinhos de Vento é fundamental para seguirmos buscando a qualificação do atendimento da nossa população. Ambas são instituições reconhecidas nacionalmente em gestão hospitalar e que estão nos sinalizando caminhos para resolver os problemas no nosso sistema de saúde e investirmos melhor.”
Participaram também da reunião o interventor na saúde de Canoas, Francisco Figueiredo, a secretária-adjunta da Saúde Estadual, Aglaé Regina da Silva, o secretário das Relações Institucionais e Comunicação de Canoas, Rodrigo Busato, a secretária-adjunta da Saúde de Canoas, Patrícia Urrutigaray, além da equipe de consultoria e de diretores e funcionários dos equipamentos de saúde de Canoas.
Intervenção
Iniciada em 12 de dezembro, a intervenção nos contratos antes administrados pelo Gamp já surte efeitos. Nesse período, foi feita uma grande compra de remédios e materiais médicos para abastecer o estoque. Foram adquiridos mais de 5 mil itens diferentes, que abasteceram os hospitais. A economia na compra de medicamentos chega a cerca de 40%. A alimentação para os pacientes também foi normalizada.
Através do Proadi-SUS, do Ministério da Saúde, os Hospitais Sírio-Libanês e Moinhos de Vento, sem custos ao município, fazem o trabalho que vai nortear a Prefeitura sobre a melhor forma de gestão do HU e do HPS, da UPA Rio Branco e de quatro Caps.
