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“Da minha janela, eu vejo”: Estudantes da rede municipal autografam livro sobre experiências na pandemia

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Foto: Guilherme Pereira

O espaço de convivência do Conjunto Comercial Canoas tornou-se um grande auditório. E as estrelas do dia? Mais de 90 alunos de 25 escolas municipais de Educação Infantil e de Ensino Fundamental que estiveram autografando o livro no qual foram autores.

O projeto, iniciado em junho deste ano, teve por objetivo fomentar o processo criativo de desenho ou da escrita em crianças e jovens. Inicialmente, os estudantes, dentro da sala de aula, junto a seus professores, pensaram o que sentiram e viveram durante a pandemia de Covid-19. Poderiam descrever, em seus textos e desenhos, seus sentimentos, mas também poderiam usar outros gêneros textuais, como poema, história em quadrinho, cartas. As produções resultaram no livro “Da minha janela, eu vejo”, que foi entregue aos autores, aos professores participantes, às escolas e às autoridades presentes.

A gestora da Escola de Formação de Professores e uma das responsáveis pela construção coletiva da obra, Ana Paula da Silva, comemorou que em um ano tão atípico como foi 2021, as escolas tenham topado abraçar o projeto. “Fizemos um mergulho nos sentimentos e o resultado foi essa linda obra que foi publicada. As crianças e jovens que estão aqui, nesse lançamento, deram um show de autoria, dividindo conosco o que sentiram e vivenciaram nesse momento tão difícil da pandemia de Covid-19”, destacou.

Sobre a criação do livro, a diretora de Gestão, Inovação e Formação, Claudia Pinheiro, reforça que a ideia do livro nasceu do desejo de valorizar os estudantes e as escolas, dando ênfase para suas perspectivas, por meio de desenhos e palavras, a partir do que foi experienciado nos últimos dois anos. “Foram momentos difíceis e de muito aprendizado, com distanciamento, onde tivemos que aprender a ser professor de longe, aprender a estudar de longe também. O livro traz um pouco de tudo isso, a expressão de sentimentos de cada aluno”, reforçou.

A professora de língua portuguesa Gabriela Moch, da EMEF General Osório, compartilha a importância de o programa proporcionar que toda essa potência criadora e escritora encontre um propósito concreto, uma função real em nossa sociedade. “Participar do projeto e poder ver a Maria Clara, minha aluna, lendo seu poema impresso em um livro, foi uma experiência muito enriquecedora. Temos alunos e alunas potentes, com escritas tocantes, com ideias ótimas. Ver os livros em nossas mãos, circulando pelas escolas, nas estantes das bibliotecas, é o encerramento perfeito para esse percurso de escrita, de traçados e de autorias”, concluiu Gabriela.

Extasiado, o aluno da Escola Municipal de Educação Infantil Tia Maria Lúcia, Anthony Kevin Otto Borges, de 5 anos, chamava a todos para que ele pudesse autografar a obra. “Desenhei eu e minha avó jogando vídeo game, não dava pra ir para à escola e a gente jogava. É muito legal estar aqui”, comemorou.

Os estudantes da EMEF Arthur Pereira de Vargas folheavam o livro procurando a página das suas publicações. A aluna Isabella Silva de Rosso, do 7º ano, gostou da proposta da atividade. “Achei muito legal e é muito gratificante ter um livro com uma produção minha. Sempre foi meu sonho ter um livro”, destacou. Já o estudante Brayan Quiles da Silva, de 12 anos, escreveu sobre como a pandemia afetou as famílias. “No começo, eu achava que era só uma atividade que a gente estava fazendo em sala de aula. No final, eu acabei tendo um dos melhores textos da turma e estou muito emocionado de estar aqui, é uma ótima experiência para a minha vida”.

A secretária da Educação, Sônia da Rosa, agradeceu o empenho de todos os professores na criação do livro. “O que nós vimos da nossa janela durante esses quase dois anos? É exatamente essa reflexão que cada um desses 96 alunos pode fazer ao longo da construção dessa história. Foi um trabalho de muita emoção, ver a percepção que cada um teve desse momento em que vivemos”, destacou.

Escritório de Comunicação PMC

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