Em Canoas, decreto amplia o controle sobre o funcionamento e a higienização de mercados

Cartazes de horários restritos, pia com água e sabão, recipiente com álcool gel e medidor de temperatura laser são as últimas novidades encontradas pelos canoenses ao adentrarem em qualquer supermercado da cidade. O Decreto de número 77 da Prefeitura de Canoas entrou em vigor nesta quinta-feira (26), obrigando a adoção de medidas preventivas ao coronavírus inéditas no Estado, novas regras de funcionamento, de higienização e de acesso dos clientes em estabelecimentos com três ou mais caixas.

No bairro Niterói, o mercado Taborda implementou as devidas mudanças antes da ordem municipal ganhar validade. Para ingressar no local, os moradores da região devem passar por etapas de higiene, desde a lavagem das mãos em uma pia improvisada com sabonete líquido e papel toalha à aplicação de álcool gel por uma das funcionárias. Além disso, apenas 20 pessoas podem ingressar no mercado por vez e os balcões são desinfectados seguidamente com água sanitária para impedir a proliferação do coronavírus.

“Minha esperança é que a nossa preocupação possa se multiplicar em todos os lugares. Quando falamos em sociedade, temos que pensar como um todo, no coletivo”, diz João Taborda da Rosa, dono do estabelecimento. Formado em enfermagem, ele revela que seu público tem consciência do perigo da Covid-19 e que facilmente compreende as medidas adotadas pelo mercado.

Marcelo de Souza, 42 anos, valoriza os cuidados do local e sente-se mais seguro ao fazer as compras necessárias. “Acompanho diariamente as mudanças decretadas pela Prefeitura para combater essa pandemia. É mais uma maneira de se cuidar, de se prevenir para não obter o vírus”, afirma.

Outro exemplo de compaixão ao próximo está no bairro Olaria. O mercado Israel trabalha com apenas dois caixas e, portanto, não precisaria seguir as regras do novo decreto. Mesmo assim, após os funcionários acompanharem as notícias da região, decidiram disponibilizar aos clientes o sistema de higienização e medição da temperatura corporal. “É uma maneira de protegermos quem frequenta o local e quem trabalha aqui. Nesse momento, todo cuidado é pouco”, conta Talivan Israel, o dono do mercado.