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Escolas de Canoas têm aproximado a literatura da sala de aula

Professores que atuam nas bibliotecas passaram por capacitação que durou dois meses
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Foto: Vinicius Thormann

Para milhares de crianças, o livro didático é o primeiro contato com o universo da leitura e, por muito tempo, ele segue oferecendo suporte para o aprendizado aos estudantes. Nesse período da vida, em que conhecimentos, experiências e aquisição de novos hábitos ocorrem, a leitura é um canal importante para transmitir significados do mundo a ser descoberto. O estímulo, em geral, ocorre na escola, onde professores têm a missão de inserir a literatura no cotidiano dos jovens. A tarefa não é fácil. No mundo onde distrações como jogos, aplicativos de conversa e redes sociais estão a um clique de distância, abrir um livro e se concentrar na leitura é quase um desafio. Para mudar esse panorama e despertar o gosto pelo prazer de ler desde cedo, a professora Isair de Araújo, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Duque de Caxias, tornou o contato com os livros uma rotina comum aos pequenos estudantes.

Com acervo de cinco mil títulos, a biblioteca da escola Duque de Caxias, no bairro Nossa Senhora das Graças, ficava muito distante dos alunos. Não por condições físicas, mas por interesse. Sem estímulo a frequentar o espaço, os jovens desconheciam a riqueza de histórias que ficavam encerradas entre quatro paredes. Para virar o jogo, desde o ano passado, a professora Isair fez mudanças na estrutura, organizou e decorou a sala, deixando a biblioteca convidativa às crianças. Junto disso, os professores da instituição incluíram livros e jornais no processo de ensino. O resultado não poderia ser melhor: casa cheia.

Na manhã desta segunda-feira (2), os alunos do 7º ano liam e recortavam pedaços de jornais para um trabalho de português. No outro canto da biblioteca, os pequenos do 1º ano, que ainda nem sabem ler, escolhiam as histórias que levariam para casa. A capa mais atraente é sempre aquela que vence. O Gustavo, de 6 anos, escolheu um livro interativo, onde as figuras saltam às páginas. A história, que retrata a vida de insetos, será contada pelos pais, garante o pequeno. Já a Ellen Torres, que estava fazendo o trabalho de português, afirma que ler é uma forma de preparar corpo e mente. “A leitura é uma maneira de desenvolver a criatividade, isso é muito importante. Um livro é uma forma de navegar na história, de imaginar”, afirma. A professora Isair não esconde o orgulho de seus pequenos leitores. “Na biblioteca, os estudantes podem construir e reconstruir histórias. É um mundo diferente e eu fico feliz em estar perto deles neste momento”. 

Profissionais preparados 

Para fortalecer e estreitar os laços entre professores e biblioteca, a Secretaria Municipal da Educação (SME) forneceu capacitação aos profissionais que atuam nestes espaços. Entre os meses de novembro e dezembro, os servidores passaram por treinamentos para desenvolver projetos, organizar acervos e desenvolver atividades que estejam relacionadas aos livros e jornais. Com 40 horas, a capacitação teve como objetivo tornar a biblioteca um espaço vivo das instituições de ensino. Participaram do curso mais de 30 profissionais que, a partir de agora, irão levar até o núcleo escolar novas ideias e concepções sobre a relação entre sala de aula e biblioteca. 

A secretária da Educação, Neka Escobar, destaca que a capacitação é uma forma de valorizar os professores e reforçar o ensino. “Além de investir na estrutura das escolas e ampliar o acesso à educação, nós também temos como prioridade de governo fazer com que o ensino seja cada vez melhor. Aproximar os estudantes da leitura é uma forma de fortalecer a educação. Investir no ensino é investir no futuro”, afirma. 

Assessoria de Comunicação