O Zoológico Municipal de Canoas (MiniZoo) recebeu, na última terça-feira (1º), um urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). O animal foi encaminhado pela Guarda Municipal de São Leopoldo, com histórico de possível choque elétrico. A espécie foi encontrada em um terreno sem conseguir voar, após moradores relatarem que viram o urubu colidir com a fiação de alta tensão.
Ao chegar no Zoo, a equipe técnica fez a primeira avaliação do animal, onde constataram que se tratava de um indivíduo adulto, com bom escore corporal, com a asa direita caída. Após um raio-x, foi confirmado o deslocamento do ombro. Além disso, foi identificado um chumbinho alojado no osso peitoral, que supostamente é algo anterior à lesão da asa.
O animal foi colocado em um recinto menor, para avaliação das suas condições. Caso seja constatada uma boa recuperação, ele será levado para um ambiente maior, para prática de voo e caça. “Atualmente, ele está recebendo tratamento específico, com manejo delicado, pois se trata de animal adulto de vida livre. Em alguns dias, repetiremos o exame para verificar a evolução do tratamento. Faremos de tudo para tentar reabilitá-lo e devolvê-lo à natureza”, explica a veterinária do MiniZoo, Isadora Favreto.
Sobre a espécie
No Brasil, urubu-de-cabeça-preta é a espécie mais comum encontrada em cidades e áreas abertas. Costuma habitar campos, pastos, áreas agrícolas e restingas. Apesar de não estar em nenhuma categoria de ameaça, ele não deixa de sofrer riscos, como choques elétricos em torres de alta tensão e colisões em aeronaves, além de poder se tornar vítima ao consumir animais contaminados com agrotóxicos.
“Reforçamos a importância de não praticar a caça por divertimento ou esporte. Além de ser uma prática ilegal, que pode resultar em detenção, acaba retirando animais da natureza, muitas vezes os levando a óbito ou condenando à vida em cativeiro”, ressalta Isadora.
MiniZoo trabalha com a reabilitação de animais silvestres
O Zoológico Municipal de Canoas prioriza a reabilitação e a devolução dos animais silvestres para a natureza. Muitas vezes, esses animais não têm condições de retornar para seu habitat natural, tendo que permanecer no local. Em 2023, o MiniZoo completou 18 anos de existência, com a marca de dez mil animais atendidos.
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