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População têm até quarta para adquirir passagem com o valor atual

Conselho aprovou nesta segunda-feira (19) reposição tarifária no transporte coletivo de Canoas
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Foto: Derli Colomo Jr

Na tarde desta segunda-feira (19), o Conselho Municipal de Transporte (CMT) de Canoas aprovou, por unanimidade, a proposta de reposição tarifária para o transporte coletivo do município. Dos atuais R$ 3,75, os usuários de ônibus em Canoas passam a pagar R$ 4,20. A empresa Sogal havia solicitado um reajuste no valor de R$ 4,46.

O novo preço da passagem em Canoas entra em vigor na próxima quinta-feira (22). A população tem até quarta-feira (21) para adquirir a passagem com o valor atual da tarifa, R$ 3,75, que poderá ser usado no cartão TEU no prazo de até 30 dias.

Após revisão dos cálculos, com base na planilha da Empresa Brasileira de Planejamento de Transporte (Geipot), os técnicos da Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM) de Canoas chegaram ao valor de R$ 4,40. Contudo, visando diminuir este custo, foi colocada em discussão no Conselho a possibilidade da redução do tempo de integração para gratuidade, de 90 para 30 minutos. O objetivo é diminuir o impacto na tarifa, aumentando o número de usuários pagantes, visto que, em 2017, houve uma queda de 3,89% no número de passageiros. Aprovada a sugestão, o valor da nova tarifa ficou fechado em R$ 4,20.

Para o secretário de Transportes e Mobilidade, Ademir Zanetti, a gratuidade é o principal fator que incide no preço da passagem. “Em Canoas, 25% dos usuários de ônibus não pagam passagem, o que acaba inchando o preço da tarifa. Vamos seguir cobrando a Sogal para que ofereça ônibus com qualidade, segurança e conforto aos canoenses, como acompanhamos nos últimos meses”, ressalta Zanetti.

Fazem parte do CMT representantes da União das Associações de Moradores de Canoas (UAMCA), do Sindicato dos Condutores Automotores de Veículos Rodoviários (SINCAVER), da União dos Transportes Escolares (UTEC), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – subseção Canoas -, da Procuradoria-Geral do Município (PGM), da Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM), da Diretoria de Transportes (DT), do Gabinete do Prefeito (GP), do Fórum das Entidades Empresariais e de Profissionais Liberais, do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros de Canoas (SINDITROVCANOAS) e representantes da empresa que opera o transporte coletivo de passageiros no município, a Sogal.

Frota renovada

A população de Canoas percebeu um avanço na qualidade do transporte coletivo no município. Isso porque em 2017 a Prefeitura notificou a Sogal para que renovasse a frota de ônibus. A empresa se comprometeu com a oferta de 33 novos ônibus. Foram 16 veículos zero quilômetro entregues em julho para a população e outros 17 seminovos, vindos do Rio de Janeiro, alguns com menos de 40 mil quilômetros rodados, utilizados somente no sistema BRT (Bus Rapid Transit) carioca.

No total, R$ 9 milhões foram aplicados para a renovação da frota, sendo que desde 2009 não era feito um investimento neste patamar. Os novos veículos são modernos, equipados com internet Wi-Fi e acessibilidade. Com estes novos ônibus, foi possível retirar 20 veículos de circulação, que já estavam com muito tempo de uso. Mesmo assim, houve aumento de 9,42% na frota de Canoas. Atualmente, são 138 ônibus, sendo que 35% deles têm ar-condicionado e 75% têm acessibilidade universal.

Análise dos custos

Após análise dos valores expostos pela Sogal, a SMTM chegou à conclusão de que o maior impacto na tarifa de ônibus em Canoas é devido ao custo com pessoal da empresa (quadro de funcionários), que chega a impactar em 65% a tarifa (R$ 2,85). Em seguida, vem o custo variável (combustível, peças, acessórios, entre outros), com 25%, R$ 1,09 do valor da passagem. Entre os outros gastos estão previstos o custo de capital e as despesas administrativas da empresa (6% e 4% respectivamente).

Para chegar ao valor inicial de R$ 4,40, a SMTM calculou um acréscimo de R$ 0,07 no valor do combustível, R$ 0,16 por conta da renovação da frota, R$ 0,12 pelo dissídio da categoria dos rodoviários, R$ 0,15 pela redução no número de passageiros e R$ 0,15 por conta outros gastos gerais.

O apontamento sobre a redução no tempo de integração do transporte em Canoas, que possibilitou a redução de R$ 0,20 no cálculo final, deve interferir em apenas 3,2% do total de usuários na cidade.

Assessoria de Comunicação