Com o recente aumento de casos de coronavírus no Brasil, começam a surgir animais contaminados pela doença. Com o objetivo de esclarecer dúvidas da população, a Secretaria Extraordinária dos Direitos dos Animais (Seda) realizou um levantamento de registros científicos sobre os animais que transmitem a doença para os seres humanos. Conforme o levantamento, cães e gatos possuem receptores para a doença semelhantes aos dos humanos, o que leva à possibilidade de infecção dos animais, mas não à sua disseminação.
A Organização Mundial de Saúde Animal atualizou seus pareceres sobre o assunto e explica que “não existem evidências de que os animais de companhia estejam desempenhando um papel epidemiológico na disseminação de infecções humanas por sars-cov-2”.
A diretora de Proteção Animal, Kátia Gueiral, é médica veterinária e explica que ainda não há registro de animais infectados em Canoas. Ela também revela que ainda não foi relatado nenhum caso de transmissão de animal para humanos em todo o mundo, e reforça o apelo para que a população não abandone seus pets. “É uma doença nova para os humanos, mas para os animais não. Existem diversos tipos de coronavírus no meio dos animais, mas nunca foi registrado casos em que o animal contaminou o humano. Por isso, procure um veterinário se o seu animal estiver com sintomas”, explicou.
A médica veterinária também detalhou que os principais sintomas do animal contaminado por coronavírus podem ser gastroentéricos, ou seja, diarreia, vômitos, enterites, para os cães, enquanto nos felinos pode levar a quadros de diarreia transitória, que pode evoluir para peritonite infecciosa felina. Kátia afirma que os principais cuidados com o pet, para evitar que se contamine, é manter a higienização adequada e evitar a exposição com outros animais e pessoas.
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