O evento “Pessoas Trans no sistema prisional também existem e resistem” é uma iniciativa da Secretaria Adjunta de Diversidades e Comunidades Tradicionais, em celebração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado no próximo dia 29 de janeiro. A ação acontece na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), das 14h às 16h, desta quinta-feira (26).
As atividades realizadas com o público trans da Pecan de Canoas, contarão com o apoio da equipe da Secretaria das Diversidades, que irão cadastrar e acompanhar o processo das mulheres trans encarceradas. O evento terá a presença da psicóloga Luisa Susin dos Santos, representante do Ambulatório T de Canoas, falando sobre hormonização e do coordenador de diversidade sexual do governo do Estado, Dani Boeira, tratando sobre empregabilidade depois do cárcere. Também acontecerá um show da cantora e ativista do direito das mulheres negras e lésbicas, Leny Barcellos.
O secretário de Diversidades e Comunidades Tradicionais, Pai Santiago, destaca a importância de promover o evento. “É muito importante dar seguimento a projetos como este não somente em datas de luta, mas de forma permanente, pois o abandono é muito presente. Essas mulheres quase nunca recebem visitas de familiares e amigos. Nosso dever é acolher, sem julgar. Quando estamos lá, não olhamos para o passado e sim para o futuro”. Ele destaca que a realidade das mulheres trans, da população LGBT e das mulheres encarceradas é muito complexa. “Portanto, é preciso sempre olhar e acolher. Este é o primeiro passo para uma ressocialização. A nossa secretaria está criando um projeto de acompanhamento para este público, que carrega a sua identidade de gênero como mais um elemento a ser considerado na reinserção social”.
O Brasil continua no posto de país que mais mata travestis e transexuais no mundo pelo 14° ano consecutivo. De acordo com o ranking anual da Transgender Europe (TGEU), divulgado em 2022, o índice corresponde a 29% de todas as mortes sofridas por travestis e transexuais. Em contraponto, a Constituição Federal de 1988 prevê, no artigo 1º, inciso III, a dignidade humana como um princípio fundante da República. Dentre os objetivos fundamentais estão a defesa e garantia desses direitos para o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Texto: Paula Barreto – PMC Edição: Valéria Deluca – PMC
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