Após um 2018 de fortalecimento dos programas ambientais, neste ano, as iniciativas implementadas pela Prefeitura de Canoas se consolidaram. A atenção aos animais, cerne de uma série de ações, também originou outras que foram reconhecidas não só pelos avanços, mas também por premiações que destacaram estes méritos.
O Bikeco foi um dos programas que se firmaram em 2019. Criado como alternativa ecológica para a coleta de recicláveis na região central, o programa aumentou em mais de 100% o volume dos materiais recolhidos. O diretor de Saneamento Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Luiz Carlos Júnior, atribuiu o crescimento ao estreitamento da relação entre os trabalhadores do Bikeco e o público que entrega os resíduos. “Com a durabilidade e as mesmas pessoas executando, este trabalho se torna muito mais confiável”, salientou.
A inovação do programa e os bons resultados alcançados renderam à cidade o Prêmio Gestor Público, concedido pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Tributária do Rio Grande do Sul (Sindifisco-RS) e pela Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Afisvec). A cerimônia de entrega, realizada em novembro, reconheceu o impacto positivo do Bikeco para a comunidade. Um impacto que se estende para muito além dos números: o plano de fundo da iniciativa é o combate aos maus tratos a animais.
Esta preocupação levou as bicicletas ecológicas a serem escolhidas para substituir os veículos de tração animal (VTA), reforçando a ideia do programa Canoas Sem Carroças. Neste sentido, apenas em 2019, vinte blitze foram realizadas para fiscalizar a situação de cavalos utilizados para transportar cargas ou pessoas nas demais regiões do município. As ações resultaram em 27 animais apreendidos por estarem em situações que caracterizavam maus tratos, além de 111 que foram microchipados, enquanto seus respectivos tutores foram cadastrados para acompanhamento. “O combate incessante aos maus tratos foi, com certeza, o destaque do ano” ressalta o coordenador do programa Canoas Sem Carroças, Alex Szekir.
Centro de Bem-Estar Animal se tornou espaço de referência
Para que as práticas de combate à exploração de animais alcançassem o resultado exitoso que foi registrado, um local foi essencial: o Centro de Bem-Estar Animal. Depois de uma reforma em 2018, com foco na otimização, aumento e reestruturação do espaço, a mudança na qualidade de vida de animais e trabalhadores não foi a única diferença positiva percebida no espaço. Os indicadores também comprovaram a maior eficiência do trabalho realizado.
Neste ano, foram 4850 atendimentos realizados. Deste número, mais de 1800 foram castrações feitas pela equipe de profissionais que atuam no centro. O dado é representativo para a saúde da população animal do município. “As castrações são importantes, pois reduzem as crias indesejadas, o descontrole populacional e, assim, diminuímos o índice de abandono e os maus tratos”, explicou a diretora do CBEA, Mari Cancelli dos Santos.
Facilidade para o licenciamento ambiental também foi pauta
Entre as ações que ainda pesaram positivamente no ano, houve a sanção da Lei nº 6280/2019. O texto, proposto pelo executivo, possibilita o pagamento da Taxa de Licenciamento Ambiental (TLA) em até cinco parcelas anuais. O objetivo foi o de facilitar a atuação dos empreendedores na cidade, além de mantê-los mais próximos dos órgãos de fiscalização.
