Com três datas de referência nacional, o mês de janeiro marca as reflexões sobre o preconceito religioso no país. Em Canoas, a Secretaria Municipal Adjunta de Diversidades e Comunidades Tradicionais trabalha o tema de forma permanente e destaca o movimento institucional que vem sendo realizado junto a líderes de diferentes cultos e crenças no município.
Neste sábado (21), celebra-se o Dia do Combate à Intolerância Religiosa e, no próximo dia 30, o do Respeito à Diversidade Religiosa. No início do mês, dia 7, foi celebrado o Dia da Liberdade de Culto.
A exemplo do ano passado, o secretário de Diversidades e Comunidades Tradicionais, Pai Santiago, ressalta o diálogo instituído com lideranças religiosas de Canoas quanto à necessidade de promover o respeito e a tolerância através de uma agenda com um diálogo aberto e constante. Segundo o artigo 18º da Constituição, lembra, toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião, assim como a liberdade de manifestar a religião.
“Enquanto lideranças religiosas e representantes do poder público, temos de agir como exemplos para os demais e passar à população a mensagem de que deve haver tolerância e respeito mútuo entre as diferentes crenças”, afirma o secretário, que neste sábado representa Canoas na 15ª Marcha Estadual pela Vida e Liberdade Religiosa do RS, no Centro de Porto Alegre.
Respeito e União
Os representantes religiosos conversam sobre fé, esperança e a necessidade de garantir as práticas de boa convivência. “Um movimento como esse, que promove não só um debate sobre o respeito da fé, mas também o respeito às pessoas, é muito importante, ainda mais por ser uma agenda institucional”, diz o capelão da Igreja Luterana da Ulbra, Adilson Magedans.
Para o Babalorixá Cristiano de Oxalá, sacerdote do Candomblé, a demonstração de uma convivência harmônica entre os líderes é bastante simbólica, por marcar o diálogo entre as diferentes crenças. “Esse movimento desperta na gente a esperança de um mundo com mais diálogo, respeito e união entre quem pensa e crê diferente”, destaca o Babalorichá.
Também integram o grupo de trabalho a dirigente da Associação Universalista Luz de Aruanda, Jaqueline da Silva Caldart, a missionária da Igreja Templo da Fé e da Glória de Deus, Ana Nunes Wolff, o Frei Natalino Fiorotti, da Paróquia Católica Pio X, e Luiza Margarete Lopes, Mãe Gueti de Xangô e sacerdotisa do Batuque do RS.
Texto: Cristina Lac – PMC
Edição: Alan Cardoso – PMC