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Soletrando com as mãos: jogo com linguagem de sinais promove a inclusão em escola de Canoas

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Foto: Gustavo Garbino

A Prefeitura de Canoas promove na próxima quinta-feira (18), pelo 7º ano consecutivo, a edição do projeto “Soletrando com as Mãos”. Com a participação dos cerca de 40 alunos matriculados na Escola Municipal de Ensino Fundamental Bilíngue para Surdos Vitória, uma banca de jurados irá avaliar os estudantes, que terão 1 minuto para soletrar em linguagem de sinais as palavras sorteadas, de acordo com o nível de cada um.

Em Canoas, desde 2014, a EMEF Bilíngue para Surdos Vitória, no bairro Mathias Velho, oferece a modalidade somando a língua de sinais brasileira (Libras) e o português escrito. O diretor da instituição, Rafael Schilling Fuck, destaca que o projeto “Soletrando com as Mãos”, foi idealizado pela professora de geografia Carmen Pereira, que há pouco se aposentou da escola, mas que os alunos esperam com expectativa pela data. “Educar exige criatividade. Nós buscamos sempre implementar novos projetos pedagógicos no intuito de fazer com que os alunos evoluam, ampliem seus conhecimentos e o vocabulário, melhorem a escrita. Eles se envolvem, participam, disputam e, consequentemente, aprendem”, considera.

Todos os estudantes da instituição de 1º a 9º ano, que atende em período integral, participam da competição. Eles são divididos em grupos. O professor de cada disciplina sorteia uma palavra para cada turma. Fazem parte do sorteio, inclusive palavras em inglês. Em grupo, eles escolhem o representante que irá soletrar com as mãos para o corpo de jurados, composto por três professores. Os vencedores são conhecidos e premiados.

Todos os estudantes da escola são surdos. Alguns têm outras deficiências associadas. “Desde cedo, quando os alunos começam aqui na instituição, a aprendizagem se dá, em primeiro lugar, na Libras e, em segundo lugar, na língua portuguesa na modalidade escrita. A oralidade não faz muito sentido. Mas buscamos aprimorar a técnica da escrita, pois é o que eles vão levar para a vida”, frisou Rafael.

Durante as aulas regulares, os alunos estão trabalhando as palavras para se prepararem para a competição. A participação vale, além da certificação para todos os participantes, pontuação para as matérias regulares do currículo.

O projeto também contribui para que o aluno possa inferir o sentido de uma palavra ou expressão para a compreensão de um texto, entre os vários significados possíveis que a palavra tenha. O diretor da escola, ressalta que o projeto só favorece a ampliação do conhecimento. “Sempre ficamos muito satisfeitos com o resultado do projeto, porque além de facilitar a comunicação e desenvolver habilidades de leitura e escrita, promovemos a interação entre os alunos”, destacou.

Escritório de Comunicação PMC