Você sabia que grande parte das vacinas que previnem doenças graves são administradas na infância? Elas integram o Calendário Nacional de Vacinação, recomendado pelo Ministério da Saúde, e são fundamentais para garantir um crescimento saudável. Em função da pandemia, muitas crianças estão com o esquema vacinal incompleto. Sendo assim, o Ministério, juntamente com os municípios, está reforçando o chamamento para a atualização das doses infantis obrigatórias, em especial, para os imunizantes do Sarampo e meningocócica C. A partir desta segunda-feira (27), a vacina da meningo C estará disponível nas unidades de saúde, para crianças e adolescentes de até 10 anos que ainda não receberam o imunizante. E, desde maio, a vacinação do Sarampo está intensificada na cidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, desde 2016 observou-se uma baixa na procura pela vacina da meningo C, situação que se agravou com a pandemia da Covid-19. Por este motivo, aumentou-se a faixa etária desse imunizante (aplicado no calendário infantil aos 3 e aos 5 meses, com um reforço aos 12 meses). As crianças que por algum motivo não receberam a vacina nas idades indicadas, poderão ser vacinadas até os 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme instrução normativa do Ministério da Saúde. E agora, com a nova nota técnica, esta idade aumentou para 10 anos.
Há baixa procura também pelo imunizante do Sarampo. Desde maio, campanhas reforçam a vacinação para esta doença, focando nas crianças dos seis meses aos 5 anos.
Andréa Lima Leal, médica pediatra que atua no serviço de Imunizações da Prefeitura de Canoas, explica que as vacinas realizadas no primeiro ano são muito importantes. Ao nascer, o bebê herda alguns anticorpos da mãe, que passam através da placenta, porém, estes anticorpos duram alguns meses, deixando a criança indefesa para as doenças causadas por vírus, bactérias e outros agentes. “Aí é que entram as vacinas. Elas simulam um ataque de um microorganismo, induzindo o corpo do bebê a produzir seus próprios anticorpos. Assim, quando acontecer um contágio real, a criança já terá suas próprias defesas.”
Meta de vacinação
A meta vacinal recomendada pelas autoridades de saúde é de 90%. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, atualmente em Canoas, os percentuais de vacinação infantil estão abaixo do desejável. A BCG, por exemplo, que protege contra a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar, está com uma cobertura de 56,01%. A Pentavalente, que previne da difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, tem cobertura de 67,86%. A da meningo C, com 72,44%, a da poliomielite, 67,73%, a da hepatite A, 58,11% e a vacina tríplice viral, que protege do sarampo, caxumba e rubéola, tem cobertura de 79,96%.
A médica reforça que as vacinas são as armas da ciência que proporcionam a melhor defesa contra doenças infecciosas. “Atualmente, nossa sociedade tende a viver em cidades, com muitas pessoas e aglomerações. Em um simples passeio pelo centro da cidade, um bebê pode ter contato com várias pessoas com os mais variados tipos de vírus e bactérias. A criança vacinada está protegida contra estes agentes infecciosos e tem a garantia de uma infância saudável.”
Para fazer as vacinas, é necessário procurar uma das unidades de saúde, portando a caderneta de vacinação da criança e um comprovante de endereço. Confira no site canoas.gov.br os endereços e horários de atendimento.
Você sabia
Para todas as etapas da vida temos vacinas que garantem saúde e prevenção contra doenças.
Todas as vacinas obrigatórias são fornecidas pelo Ministério da Saúde, enviadas para os estados e, após, para os municípios, conforme o tamanho da população.
Antes de chegarem à população, as vacinas passam por diversos estudos e testes.